Governo de Israel condena a ONU por não ter aprovado uma resolução contra o Hamas nem antes nem depois dos ataques de 2023. EFE/EPA/SARAH YENESEL
Governo israelense acusa o órgão
de agir de forma tendenciosa e anti-Israel, além de reprovar o Conselho por não
ter chamado abertamente o Hamas de terrorista
O primeiro-ministro de Israel,
Benjamin Netanyahu, discursa durante o Debate Geral da 79ª sessão da Assembleia
Geral das Nações Unidas na sede da ONU em Nova York.
O governo israelense se aposentou
oficialmente de todas as atividades relacionadas ao Conselho de Direitos
Humanos das Nações Unidas, órgão que acusa de agir de forma tendenciosa e
anti-Israel. “Há uma hora, entreguei ao presidente do Conselho de Direitos
Humanos a carta comunicando nossa retirada desse órgão tendencioso, que desde o
início esteve ao lado das ditaduras”, disse à imprensa Daniel Meron, embaixador
de Israel na ONU e em suas agências especializadas em Genebra.
O diplomata apontou como uma das
razões para essa decisão o fato de Israel ser o único país com um item
permanente na agenda do órgão, relacionado à situação dos direitos humanos dos
palestinos nos territórios que ocupam. Ele argumentou que, desde que o órgão
começou a funcionar, em 2006, foram propostas cem resoluções contra Israel e
que suas expectativas de que o Conselho assumiria mudanças nesse sentido não se
concretizaram.
O anúncio da retirada de Israel
do mais importante órgão intergovernamental de direitos humanos ocorreu um dia
depois que os EUA tomaram a mesma medida, pela segunda vez. Em meados de 2018,
durante o primeiro mandato do presidente Donald Trump, os EUA se retiraram do
órgão pela primeira vez, após acusá-lo de deficiências “cronicamente” de Israel
e aceitar como membros de países onde os direitos humanos foram abertamente
violados.
Naquela época, Israel decidiu
minimizar sua participação na entidade. A retirada dos EUA foi revertida pela
gestão de Joe Biden. Desta vez, Israel reprova o Conselho por não ter chamado
abertamente o Hamas de terrorista e por não ter aprovado uma resolução contra o
grupo islâmico, nem antes nem depois dos ataques de 7 de outubro de 2023.
Meron garantiu que até que o
sistema da ONU realize “reformas profundas e estruturais e acabe com a
politização dos direitos humanos”, seu país não voltará a fazer parte desse, no
qual nos últimos anos só participou como Estado observador, o que lhe permitiu
participar e tomar a palavra, mas não vote.
Com informações da EFE
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