O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se posicionou nesta terça-feira (11) contra a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas sobre as importações de aço e alumínio. Em entrevista, Haddad afirmou que as novas taxas, anunciadas na segunda-feira (10) por Trump, “são contraproducentes para a melhoria da economia global.”
“O governo brasileiro ainda está avaliando o
impacto da medida, mas temos acompanhado de perto, por meio do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que está sob a
liderança do vice-presidente Geraldo Alckmin”, disse o ministro.
Haddad explicou que a decisão de
Trump não é direcionada exclusivamente ao Brasil, mas afeta o comércio global
como um todo. “Nós estamos acompanhando. Primeiro, sabendo a minúcia da
decisão, segundo, observando quais as implicações que isso vai ter, porque não
é uma decisão contra o Brasil, é uma coisa genérica para todo o mundo.
Observamos as reações do México, do Canadá, da China a esse respeito. Mas a
avaliação é de que medidas unilaterais desse tipo são contraproducentes para a
melhoria da economia global. A economia global perde com isso, com essa
retração, com essa desglobalização que está acontecendo”, afirmou.
A medida de Trump, que entra em
vigor em 12 de março, visa taxar em 25% as importações de aço e alumínio, uma
ação que faz parte de seu movimento protecionista. O Brasil, o segundo maior
exportador de aço para os EUA, é diretamente impactado, atrás apenas do Canadá.
O republicano já havia imposto uma taxa de 10% sobre todos os produtos chineses
no início de seu mandato e anunciado tarifas para itens provenientes de México
e Canadá, embora essas últimas tenham sido suspensas temporariamente após
negociações.
Haddad reforçou a posição do
governo brasileiro de apoiar uma globalização que seja “sustentável do ponto de
vista social e ambiental”. Ele também comentou sobre a possibilidade de
negociar com a administração de Trump, mas afirmou não saber qual seria a
“disposição” do governo norte-americano para uma possível conversa. “Até porque
em 2018 aconteceu de uma sobretaxa ser imposta e pouco tempo depois houve um
recuo. Então, por isso que o MDIC está fazendo essa avaliação, para levar para
o presidente o quadro geral, e nós vamos avaliar conjuntamente”, completou.
Gazeta Brasil
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