Haddad: Tarifas de Trump São Contraproducentes e Afetam a Economia Global | Rio das Ostras Jornal

Haddad: Tarifas de Trump São Contraproducentes e Afetam a Economia Global

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se posicionou nesta terça-feira (11) contra a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas sobre as importações de aço e alumínio. Em entrevista, Haddad afirmou que as novas taxas, anunciadas na segunda-feira (10) por Trump, “são contraproducentes para a melhoria da economia global.”

 “O governo brasileiro ainda está avaliando o impacto da medida, mas temos acompanhado de perto, por meio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que está sob a liderança do vice-presidente Geraldo Alckmin”, disse o ministro.

Haddad explicou que a decisão de Trump não é direcionada exclusivamente ao Brasil, mas afeta o comércio global como um todo. “Nós estamos acompanhando. Primeiro, sabendo a minúcia da decisão, segundo, observando quais as implicações que isso vai ter, porque não é uma decisão contra o Brasil, é uma coisa genérica para todo o mundo. Observamos as reações do México, do Canadá, da China a esse respeito. Mas a avaliação é de que medidas unilaterais desse tipo são contraproducentes para a melhoria da economia global. A economia global perde com isso, com essa retração, com essa desglobalização que está acontecendo”, afirmou.

A medida de Trump, que entra em vigor em 12 de março, visa taxar em 25% as importações de aço e alumínio, uma ação que faz parte de seu movimento protecionista. O Brasil, o segundo maior exportador de aço para os EUA, é diretamente impactado, atrás apenas do Canadá. O republicano já havia imposto uma taxa de 10% sobre todos os produtos chineses no início de seu mandato e anunciado tarifas para itens provenientes de México e Canadá, embora essas últimas tenham sido suspensas temporariamente após negociações.

Haddad reforçou a posição do governo brasileiro de apoiar uma globalização que seja “sustentável do ponto de vista social e ambiental”. Ele também comentou sobre a possibilidade de negociar com a administração de Trump, mas afirmou não saber qual seria a “disposição” do governo norte-americano para uma possível conversa. “Até porque em 2018 aconteceu de uma sobretaxa ser imposta e pouco tempo depois houve um recuo. Então, por isso que o MDIC está fazendo essa avaliação, para levar para o presidente o quadro geral, e nós vamos avaliar conjuntamente”, completou.

Gazeta Brasil

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