Copom Diz Que Preços de Alimentos Continuarão Elevados e Inflação Pode Estourar a Meta em Junho | Rio das Ostras Jornal

Copom Diz Que Preços de Alimentos Continuarão Elevados e Inflação Pode Estourar a Meta em Junho

(Imagem gerada por IA)

 O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou, nesta terça-feira (4), a ata de sua última reunião, na qual decidiu elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, fixando-a em 13,35% ao ano. O documento reforça o cenário desafiador da economia, destacando a resistência da inflação impulsionada pelo mercado de trabalho aquecido, política fiscal expansionista e concessão ampla de crédito.

Além da pressão inflacionária, o Copom alerta para os impactos da percepção do mercado sobre a sustentabilidade da dívida pública, que tem afetado preços de ativos e expectativas econômicas. O comitê reforça a necessidade de maior disciplina fiscal para evitar novas pressões sobre os juros e antecipa mais uma alta de 1 ponto percentual na próxima reunião, prevista para março. A expectativa do mercado financeiro é de que a Selic alcance 15% ao ano até o final de 2025, maior patamar em quase duas décadas.

Inflação persistente e alta nos preços

Apesar da política monetária mais restritiva, a atividade econômica segue robusta, com consumo e investimentos em ritmo forte. No entanto, setores mais sensíveis ao crédito já apresentam sinais de moderação. A inflação cheia e as medidas subjacentes continuam acima da meta e voltaram a subir nas últimas divulgações, segundo a ata do Copom.

O documento destaca ainda a elevação significativa dos preços dos alimentos, resultado da estiagem prolongada e do aumento no valor das carnes, impactado pelo ciclo do boi. Segundo o comitê, essa alta tende a se estender no médio prazo devido a mecanismos inerciais da economia brasileira. A valorização recente do dólar também pressiona preços e margens, o que pode resultar em novas altas nos preços dos produtos industrializados nos próximos meses.

Mudança na composição do Copom

Essa foi a quarta alta consecutiva da Selic e marcou a primeira reunião sob a presidência de Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para comandar o Banco Central. Também foi a primeira vez que os diretores indicados pelo governo Lula foram maioria no colegiado, tendo participação direta na decisão de elevar os juros.

O Banco Central reafirmou seu compromisso com a estabilidade econômica e indicou que continuará monitorando os desdobramentos do cenário interno e externo. A expectativa agora se volta para a próxima reunião do Copom, quando novas decisões sobre a política monetária serão tomadas à luz dos indicadores mais recentes da economia brasileira.

Gazeta Brasil

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