Na Faixa de Gaza, a população enfrenta perdas devastadoras, com mais de 40 mil mortes desde o início do conflito, de acordo com o Ministério da Saúde administrado pelo Hamas. EFE/EPA/MOHAMMED SABER
Dados da ONU indicam que dois
terços dos prédios da Faixa de Gaza foram atingidos, e 85% das escolas foram
destruídas
O conflito na Faixa de
Gaza entre Israel e o grupo Hamas completa
um ano, com o destino de 64 reféns ainda envolto em incertezas. Aviva
Siegel, uma das reféns libertadas há 10 meses, continua a viver com a mente na
região, onde seu marido ainda permanece em cativeiro. Aviva foi libertada
durante a única trégua entre Israel e Hamas em novembro do ano passado e, desde
então, compartilha sua história publicamente. Ela e seu marido foram
sequestrados em 7 de outubro de 2023, durante um ataque do Hamas em Israel, que
resultou no sequestro de 251 pessoas. Desde então, 117 reféns foram libertados,
mas o destino dos demais permanece incerto. O exército israelense acredita que
64 reféns ainda possam estar vivos, mas a falta de provas de vida gera
incertezas e angústia entre os familiares. Desde o fim da trégua, apenas sete
pessoas foram libertadas em operações das forças israelenses, enquanto o Hamas
anunciou a morte de outro refém. Em Israel, manifestações clamam pela volta dos
reféns, e uma greve geral foi convocada após a descoberta dos corpos de seis
reféns assassinados. A esposa de um dos reféns, também libertada em novembro,
participa ativamente dos protestos, exigindo um acordo para a libertação dos
cativos.
Na Faixa de Gaza, a população
enfrenta perdas devastadoras, com mais de 40 mil mortes desde o início do
conflito, de acordo com o Ministério da Saúde administrado pelo Hamas. A guerra
deixou milhares de pessoas deslocadas, vivendo em condições extremamente
precárias. O estudante palestino Faris Alfara, de 19 anos, viu seus sonhos
serem destruídos após sua casa ser bombardeada. Dados da ONU indicam que dois
terços dos prédios da região foram atingidos, e 85% das escolas foram
destruídas, impossibilitando a educação das crianças. A situação de saúde é
crítica, com hospitais lotados e condições propícias ao surgimento de doenças,
segundo o Unicef.
Por Jovem Pan
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