Nos últimos 30 dias, seis mulheres tornaram públicos relatos de assédio sexual cometidos pelo ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. Entre as denunciantes está a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, além de uma advogada e quatro ex-alunas de Almeida, que se manifestaram em veículos de imprensa desde o dia 5 de setembro, quando o site Metrópoles divulgou as primeiras denúncias, incluindo as de Anielle.
Diante das acusações, a Polícia
Federal (PF) e o Ministério Público do Trabalho instauraram inquéritos para
investigar o caso, enquanto Silvio Almeida refutou as alegações.
Em depoimento à PF no último dia
3, Anielle Franco confirmou ter sido assediada por Almeida, que, segundo ela, a
abordou de maneira inadequada desde o final de 2022, durante o período de
transição de governo, e, posteriormente, a importunou fisicamente.
A advogada e professora Isabel
Rodrigues publicou um vídeo em seu Instagram, revelando que foi assediada
sexualmente por Almeida em 2019, quando, durante um almoço em São Paulo, o
então advogado colocou a mão em suas partes íntimas. No encontro, Rodrigues,
Almeida e outros participantes estavam reunidos após um curso ministrado por
Silvio Almeida.
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Paulo
Outra ex-aluna de Almeida na
Universidade São Judas, que pediu anonimato, relatou ter sido assediada pelo
professor em 2007. Ela contou que, durante uma conversa, Almeida chegou perto e
disse: “Você não vai me dar um beijo com essa sua boca gostosa, não?”. A mulher
ficou em choque com a situação, que culminou em um beijo no canto da boca, e
saiu do grupo de pessoas.
Uma outra ex-aluna, também da São
Judas, falou ao Metrópoles sobre um episódio de assédio em 2017, em um café da
faculdade. A mulher relatou que, enquanto discutiam um projeto de iniciação
científica, Almeida colocou as mãos em suas pernas, subindo até onde conseguiu,
enquanto mantinha a conversa. Ela ficou tão aflita que decidiu ir embora e não
assistiu à aula naquele dia, cogitando até abandonar o curso.
A jornalista Laís Ribeiro
entrevistou, no mês passado, uma ex-aluna que também denunciou Almeida,
afirmando que, em 2009, durante a avaliação de sua monografia, ele a contatou
repetidamente, sugerindo que saíssem para discutir o tema, o que a deixou
apreensiva sobre possíveis consequências negativas em sua avaliação.
Em entrevista à repórter Sonia
Bridi no último dia 7, outra ex-aluna, que preferiu não ser identificada,
relatou que Almeida a convidou para sair várias vezes. Em um episódio, quando
foi a última a entregar uma prova, ele se aproximou de maneira invasiva,
fazendo-a retroceder até encostar na parede, deixando a distância entre eles
quase inexistente. A estudante descreveu a situação como extremamente desconfortável,
com o rosto de Almeida muito próximo ao seu.
Gazeta Brasil
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