Investigação tenta descobrir
se suspeito de matar a ex colocou veneno no milkshake quando se ausentou por 5
minutos enquanto entregador esperava na lanchonete o restante do lanche que
seria levado para a vítima.
Uma perícia da Polícia Civil
constatou que a jovem Vitória Conceição, de 23 anos, foi envenenada
com chumbinho que foi colocado no milkshake que ela tomou em Maricá, na
Região Metropolitana do Rio.
O principal suspeito de colocar o
veneno na bebida é o ex-namorado da jovem, que não aceitava o fim do
relacionamento e, de acordo com a investigação, montou uma trama para que a
bebida chegasse até a moça.
A polícia quer entender, a partir
de agora, em que momento ele adicionou o veneno de rato no lanche.
De acordo com a Polícia Civil,
Deivid Nascimento Santana, primeiro, chegou sozinho na lanchonete e depois
encontrou o homem, a quem pediu que fosse entregar o lanche. Como a bebida
ficou pronta primeiro, ele deixou o homem esperando batatas fritas e saiu do
estabelecimento com o milkshake na mão.
Polícia investiga em que momento
ex teria colocado veneno em milkshake no RJ
Nesse momento, Deivid foi sozinho
até um sobrado com a bebida e retornou cinco minutos depois. O homem, ouvido
pela polícia como testemunha, afirmou para a polícia que chegou a ver Deivid
entrar nesse imóvel.
Ele foi preso no início da noite
desta terça (6) na comunidade Rio das Pedras, Zona Oeste do Rio, por
feminicídio.
Medida protetiva
Segundo a investigação, como
tinha uma medida protetiva e não podia se aproximar da vítima, Deivid usou
outras duas pessoas para entregar a bebida envenenada. Uma delas era o dono de
uma casa para onde foi contratada uma faxina que seria feita pela vítima. Outro
fez a ponte entre a vítima e o dono da casa.
Para a polícia, a principal
suspeita é que o homem tenha premeditado a morte de Vitória e a atraído para
uma emboscada com uma suposta oportunidade de faxina.
A jovem Vitória da Conceição
Pereira, de 23 anos, morreu na madrugada desta segunda (5), depois de ficar
internada com fortes suspeitas de envenenamento. Ela começou a passar mal
depois de consumir o lanche.
A moça tinha procurado a polícia
há pouco mais de uma semana dizendo que, no dia 28 de julho, Deivid invadiu a
casa dela em Maricá, na Região Metropolitana do Rio, armado com uma faca.
Em depoimento, ela contou que
estava com o atual namorado dormindo na residência e que o homem acabou ferido
no braço, mas que a faca quebrou. Nesse momento, Deivid teria ido em um vizinho
e buscado uma foice, mas foi espantado pelo homem, que se meteu na briga.
Na ocasião, ela solicitou as
medidas protetivas - que foram concedidas pela Justiça. Mas, ela acreditava que
o suspeito não tinha recebido o oficial de justiça para ciência das medidas
cautelares, já que, por telefone, disse que estava na Bahia.
Três dias depois, no dia 31 de
julho - cinco dias antes da sua morte - ela voltou à delegacia
para denunciar perseguição. A jovem contou que estava recebendo mensagens de
diversos números e que acreditava ser o ex, que não aceitava o fim do
relacionamento.
Segundo o delegado Bruno
Gilabert, os restos dos alimentos supostamente envenenados foram levados para a
perícia.
“Esse milkshake aparentemente
estava envenenado. Nós efetivamente constatamos que no fundo do copo havia
grânulos que parecem ser veneno de rato”, explica.
Até o momento, os investigadores
entendem que Deivid ludibriou as outras pessoas envolvidas na faxina e
na entrega da bebida para Vitória e elas não são suspeitas de crimes.
Por Adriana Cruz, g1 Rio
e TV Globo
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