O quadro de saúde das vítimas
é estável, mas ainda não há previsão de alta. O reencontro aconteceu na
segunda-feira (24) em um hospital de São Gonçalo. Acidente que foi na Ilha do
Japonês, em Cabo Frio, deixou dois mortos, um homem de 36 anos e uma criança de
4.
Uma semana após a explosão de uma
lancha que deixou dez feridos e dois mortos, um reencontro aconteceu nesta
segunda-feira (24). Nayara Taislane Andrade, de 22 anos, reencontrou o filho
Jean Andrade, de um 1 ano e 5 meses.
Os dois estão internados no
Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo, na Região Metropolitana. De
acordo com a Secretária Estadual de Saúde (SES-RJ), o quadro de saúde das
vítimas é estável, mas ainda não há previsão de alta.
"É muito bom ver que meu
filho tá bem, se recuperando. Todo mundo tá cuidando muito bem dele. Ele deu
tchau pra mim. Está melhorando muito, graças a Deus. Por um momento, achei que
nunca mais ir ver meu filho", diss Nayara durante o encontro.
Mãe e filho foram
vítimas da explosão de uma lancha, na segunda-feira (17), em Cabo
Frio, na Região dos Lagos do Rio. Ao lado de amigos, eles tinha alugado a
embarcação para fazer um passeio até Arraial do Cabo.
Dez pessoas ficaram feridas nesse
acidente, sendo que quatro continuam internadas e duas pessoas morreram. Davi
Freires Zerbone, de 4 anos, morreu na sexta (21). O menino teve 100% do
rosto queimado e chegou a ser entubado. A mãe do Davi está grávida de três
meses e foi transferida para um hospital no Espírito Santo.
Na madrugada de domingo
(23), Aleksandro
Leão Vieira, de 36 anos, morreu. De acordo com familiares, Aleksandro teve
75% do corpo queimado e o estado de saúde dele era considerado grave desde o
dia do acidente.
Aleksandro é pai de Ana Lívia
Pimentel, de 5 anos, e marido de Caroline Pimentel, de 28 anos, que continuam
internadas. Elas estão no hospital de São Gonçalo e o estado de saúde delas é
estável.
De acordo com familiares de
Aleksandro, quando a embarcação explodiu, ele
foi arremessado para fora da lancha. Mas voltou para pegar as crianças.
O acidente foi na tarde de
segunda-feira (17) na Ilha do Japonês, em Cabo Frio. Havia 11 pessoas na
embarcação - sendo o piloto e 10 passageiros - e, de acordo com um dos
passageiros, o acidente foi minutos após a lancha parar para abastecer.
Questionada sobre o acidente, a
Marinha do Brasil informou que a Delegacia da Capitania dos Portos em Cabo Frio
(DelCFrio) instaurou inquéritos administrativos, cujo prazo de conclusão é de
90 dias, com o propósito de apurar causas, circunstâncias e possíveis
responsabilidades do acidente.
Explosão de lanchas
Esse foi o terceiro acidente
envolvendo lanchas em Cabo Frio em 37 dias. No dia 10 de maio, uma lancha
explodiu e deixou
seis pessoas feridas.
Na lancha estavam o condutor da
embarcação, de 30 anos; e um casal, de 29 e 34 anos, com os três filhos: dois
meninos, de 4 e 8 anos; e uma menina, de 9 anos de idade. A família é da cidade
de Itaguara, no estado de Minas Gerais, e não de Montes Claros, como informado
inicialmente.
Há um mês, no dia 17 de maio, uma
lancha pegou fogo próximo à Ilha do Papagaio. As cinco pessoas que estavam na
embarcação, todas adultas, se
jogaram no mar para escapar do fogo. O acidente ocorreu volta das 16h50.
Família mineira se reencontra
quase 1 mês depois de explosão de lancha em Cabo Frio
Leia a nota da Marinha na
íntegra:
A Marinha do Brasil (MB), por
intermédio do Comando do 1º Distrito Naval (Com1°DN), informa que a Delegacia
da Capitania dos Portos em Cabo Frio (DelCFrio) instaurou Inquéritos
Administrativos sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN), cujo prazo de
conclusão é de 90 dias, com o propósito de apurar causas, circunstâncias e
possíveis responsabilidades, sobre os últimos acidentes com as embarcações "A
MAR I", "BRADOCK" e "EYE SEA", ocorridos em Cabo Frio
- RJ. Os IAFN encontram-se em sua fase de instrução, a qual abrange todos os
esforços para a elucidação destes acidentes.
Pontua-se que Ações de
Fiscalização do Tráfego Aquaviário (AFTA) são realizadas nas Marinas e Iates
Clubes, procedendo uma verificação documental e de equipamentos previstos nas
Normas da Autoridade Marítima. Não obstante, as AFTA também são conduzidas no mar,
efetuando-se inspeção na documentação do condutor, da embarcação e nos itens de
segurança obrigatórios. Em 2024, foram realizadas mais de 5.840 inspeções, 314
notificações, além de 22 apreensões.
Insta salientar, por oportuno,
que a DelCFrio realiza palestras para a Comunidade Marítima, ocasião quando é
possível reforçar não somente as principais recomendações e precauções de
segurança, previstas nos anexos 4B e 5F da NORMAM-211/DPC, mas também
contribuir para a redução de falhas de procedimentos.
Cabe ressaltar que a Marinha
incentiva e considera importante a participação da sociedade, que pode ser
feita pelos telefones 185 (número para emergências marítimas e fluviais, além
de pedidos de auxílio), (21) 2104-6119 e (21) 97515-7895 (diretamente com o Com1ºDN,
para outros assuntos, inclusive denúncias).
Por Mariana Couto, Larissa
Vilarinho, g1 — Cabo Frio
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