Ex-ministro do GSI teve acesso a
informações privilegiadas às vésperas dos atos; ex-secretário do DF ficou preso
por quatro meses por suposta omissão
A Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) da Câmara
Legislativa do Distrito Federal que investiga os atos de 8 de Janeiro aprovou
por 6 votos favoráveis e 1 contrário nesta quarta-feira, 29, o relatório do
deputado Hermeto (MDB),
no qual ele solicita o indiciamento de 135 pessoas. Após a leitura do
documento, deputados da CPI isentaram de responsabilidade o ex-ministro do
Gabinete de Segurança Institucional (GSI),
Marcos Edson Gonçalves Dias, o GDias.
No documento final apresentado pelo relator, é apontado que G. Dias, como é
conhecido, obteve acesso a informações de inteligência consideradas necessárias
para ajustar a segurança do Palácio do Planalto às vésperas do 8 de Janeiro,
mas não foi repassou aos órgãos responsáveis a fim de evitar a invasão. Por
quatro votos a três, o indiciamento de GDias não foi aprovado.
O ex-ministro da Justiça Anderson Torres também
ficou excluído da lista. Torres ficou preso por quatro meses e tem sido
investigado em inquéritos do Supremo Tribunal Federal (STF) envolvendo
atos antidemocráticos, desde que a Polícia Federal encontrou uma minuta que
pedia intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em sua residência – ele
nega ter participado do planejamento do 8 de Janeiro. Entre as figuras de
autoridade que foram indiciadas estão Fernando de Souza,
ex-secretário executivo da Secretaria de Segurança no Distrito Federal; Marcelo
Casimiro Vasconcelos Rodrigues, ex-comandante da 1ª Companhia de
Policiamento Regional; Cláudio Mendes dos Santos, major da reserva
da PM, apontado como um dos líderes do acampamento do 8 de Janeiro; Jorge
Eduardo Naime Barreto, ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia
Militar do Distrito Federal, preso desde fevereiro por suspeita de omissão.
Por Jovem Pan
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