Pequim quer isolar a ilha
asiática
Honduras tornou-se o quinto país
latino-americano em apenas seis anos a cortar relações diplomáticas com Taiwan — e
fortalecer os laços com a China. Panamá, República Dominicana, El Salvador e
Nicarágua haviam adotado o mesmo rumo desde 2017.
Em comunicado divulgado
no sábado 25, o governo de Honduras afirmou que “reconhece a existência de uma
só China no mundo” e que Taiwan “forma parte inalienável do território chinês”.
De acordo com a chancelaria do
país centro-americano, o presidente Xi Jinping lidera “o único governo legítimo
que representa toda a China”. Honduras e Taiwan mantinham laços diplomáticos
desde 1941. Nos últimos 82 anos, não havia relações formais entre Honduras e
Pequim.
Em contrapartida, a China tem
oferecido aos hondurenhos possíveis investimentos no setor produtivo e em
infraestrutura. O objetivo é trazer o país centro-americano para a sua zona de
influência.
O Panamá, por exemplo, negocia um
acordo com os chineses para exportar seus produtos. El Salvador também ouviu de
Pequim a promessa de que o estádio de futebol mais moderno da América Central
será construído no país.
Apenas 13 nações no mundo ainda
mantêm relações formais com Taiwan. Entre elas, Paraguai, Guatemala, Haiti,
Belize, Vaticano e pequenas ilhas do Caribe e do Pacífico.
No Paraguai, o tema entrou na
agenda de campanha dos candidatos à Presidência. A troca de Taiwan pela China é
defendida pela atual oposição, por exemplo. Esse movimento ocorre em meio às
crescentes especulações de que o Partido Comunista Chinês considera a hipótese
de uma invasão da ilha asiática.
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