A bactéria que infectou o
medicamento já contagiou quase 70 pessoas em diversos Estados norte-americanos
Duas pessoas morreram semanas
depois que os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA alertaram
para a interrupção imediata de uma marca popular de colírio. Uma pessoa havia
perdido a vida em decorrência do uso do medicamento. Até 14 de março, 68 pessoas
em 16 Estados norte-americanos foram diagnosticadas com infecções causadas por
uma cepa rara altamente resistente a antibióticos. A responsável por matar e
cegar as pessoas é a bactéria Pseudomonas aeruginosa.
Oito pessoas perderam a visão, e
quatro pacientes tiveram de remover cirurgicamente um dos olhos. A maioria dos
infectados pela bactéria havia se automedicado com o colírio EzriCare Artificial Tears,
produzido por uma empresa farmacêutica indiana, a Global Pharma. A bactéria é
capaz de prosperar em qualquer lugar, desde combustível de aviação até água
destilada.
Um senhor de 72 anos apresentou
uma infecção contínua e perda extrema de visão no olho direito. Mesmo com o uso
sistemático de antibióticos, a infecção do paciente permaneceu. Em Miami, uma
mulher de 68 anos teve de remover o olho direito, infectado em setembro do ano
passado; ela havia comprado o tal colírio, a fim de se livrar de uma irritação
causada pelo uso de lentes de contato. Os distribuidores da EzriCare nos EUA
afirmaram que darão prioridade à retirada do produto do mercado.
Em tom alarmista, os
especialistas disseram que bolsões de patógenos se espalharão rapidamente à
medida em que as viagens internacionais aumentarem. A bactéria presente
no colírio poderá se espalhar facilmente, sobretudo nos EUA.
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