Segundo Paulo Chagas, a soltura
de Luiz Inácio Lula da Silva poderia ter motivado uma ação das Forças Armadas
Em texto divulgado na
terça-feira 15, o general da reserva Paulo Chagas escreve sobre
os motivos que podem levar a uma ruptura institucional no país. O militar
lembra que, quando há ameaças à estabilidade das instituições democráticas, as
Forças Armadas podem intervir para restaurar a ordem. Um evento político
arbitrário e uma decisão inconstitucional da Suprema Corte, por exemplo, seriam
suficientes para os militares agirem.
Segundo Chagas, uma oportunidade
para a ruptura institucional ocorreu quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi
“absurdamente” descondenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “No entanto,
não houve contestação por parte do Executivo ou do Legislativo, nem tampouco
manifestações populares, algo que teria transformado a atitude monocrática do
ministro Luiz Edson Fachin em um impasse não superável”, argumentou o general
da reserva.
O militar considera que a decisão
do STF, “evidentemente facciosa”, poderia provocar uma ruptura institucional
que teria dado um “basta oportuno e definitivo às abusivas incursões do
‘Supremos Juízes’, para além das ‘quatro linhas da Constituição’ e do que
recomenda a prudência e o bom senso”.
Chagas avalia que essa foi uma
entre outras oportunidades “inexplicavelmente perdidas”, que teriam posto fim
às “causas do que hoje leva brasileiros indignados a aglomerarem-se em frente
aos quartéis para pedir a reversão de algo que está fora das atribuições” das
Forças Armadas.
Ele encerra o texto com uma frase
do poeta e dramaturgo inglês William Shakespeare: “Aprendi que as oportunidades
nunca são perdidas; alguém vai aproveitar as que você perdeu”.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!