Em entrevista ao Pânico, político
analisou o cenário da eleição presidencial de 2022: ‘Se o PSDB não tiver
candidato, a chance de acabar no primeiro turno é muito grande’
Nesta terça-feira, 24, o
programa Pânico recebeu
o economista Eduardo
Cunha. Em entreivsta, ele analisou o cenário eleitoral para
as eleições de 2022.
“Não tem terceira via. Nós temos um processo repetitivo desde que voltaram às
eleições diretas em 89, com o Collor. Quem ocupava o papel da esquerda era o
Brizola, e o Lula tomou
o papel do Brizola. Depois, o PSDB tomou
o papel do Collor e ficou sendo o contraponto. Em 2018, o Bolsonaro tomou o
papel do PSDB. Continuamos iguais, a polarização sempre existiu e vai continuar
existindo. Não existe terceira via, até porque, quando ela é forte o
suficiente, vira segunda via ou primeira”, avaliou. O ex-presidente da Câmara
afirmou acreditar na possibilidade de que o Brasil receba o resultado das
eleições presidenciais ainda no primeiro turno. “Estamos num processo previsível.
Dependendo do que vai acontecer, dessa história com a Simone Tebet, essa
eleição pode acabar no primeiro turno. Se o PSDB não tiver candidato, a chance
de acabar no primeiro turno é muito grande. A politização da sociedade está
aumentando, ao contrário de aumentar a abstenção, ela deve diminuir.”
Cunha também interpretou a
postura do Judiciário diante
os outros poderes. Para ele, muitas decisões são tomadas de forma monocrática,
o que deixa o Brasil próximo a uma ruptura institucional. “Estamos perto duma
ruptura institucional disfarçada. O Poder Judiciário está acima dos outros dois
poderes hoje. Muitas vezes, em decisões monocráticas, há exemplos vastos de
interferência”, disse. Pré-candidato a deputado federal por São Paulo, Cunha
também criticou o ex-ministro Sergio Moro e seu desempenho na política. “Eu fui
vítima de uma armação política desse juiz Sergio Moro. Ele voltou à cena do
crime dele e morreu na cena do crime. Ele foi morto pela política.”
O ex-deputado ainda comentou a
saída de João Doria da corrida eleitoral e a chapa Lula e Alckmin. “O Doria traiu o
Alckmin. Ele foi colocado pelo Alckmin, se elegeu prefeito e tentou tomar a
candidatura presidencial do Alckmin em 2018. Não conseguiu e foi para o
governo. Em 2018, o Alckmin não filiou o Marcio França, ele disputou pelo PSB,
partido dele. O Doria agora filia o vice dele e impede o Alckmin de disputar o
governo. O Alckmin encontrou um espaço e disputou outro lado”, observou.
Confira na íntegra a entrevista
com Eduardo Cunha:
Por Jovem Pan
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