Hospitais chilenos estão à beira do colapso por conta
da covid-19. EFE/ELVIS GONZÁLEZ
Hospitais
chilenos estão à beira de colapso há algumas semanas por conta de pacientes
internados com covid-19
Cerca de 3,8 milhões de pessoas saíram da quarentena nesta terça-feira (29) em Santiago do Chile, onde hospitais estão à beira de um colapso há semanas devido à pandemia da covid-19, desafiando assim a mais contagiosa variante Delta, cuja chegada ao país foi confirmada na semana anterior.
Apenas um dia
após o segundo caso desta variante ter sido detectado no Chile em um estudante
da Armênia, restaurantes e empresas não essenciais reabriram suas portas,
encerrando o terceiro bloqueio total na capital desde o início da crise de
saúde.
Um total de 24
bairros da capital deixaram para trás o confinamento total e oito distritos
farão o mesmo a partir de quinta-feira, data na qual a maior parte de Santiago
manterá a liberdade de circulação de segunda a sexta, enquanto a quarentena do
final de semana seguirá em vigência em toda a capital.
Representantes
da Faculdade de Medicina do Chile pediram às autoridades que tomem medidas
"proporcionais à eventual gravidade da chegada da variante Delta" e
afirmaram que a rápida suspensão das medidas garante que o vírus "continue
a circular".
"Essa variante
é mais contagiosa, tem uma forma diferente de afetação, apresentando sintomas
leves inicialmente. Devemos estar muito atentos", disse Patricio Meza,
presidente da associação.
Alguns
municípios estão em quarentena total há quase 100 dias consecutivos, um
confinamento que foi decretado por conta de uma segunda onda que se agravou em
março e colocou o sistema hospitalar contra as cordas.
"Já
estamos cansados do confinamento. Todos nós queremos fazer coisas, as
quarentenas afetam, é uma questão psicológica", declarou à Agência Efe
Jorge Guerra, morador de Santiago.
Medo da
variante Delta
A variante
Delta, que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) já foi detectada em
mais de 90 países, tem alarmado autoridades em todo o mundo devido à sua alta
capacidade de contágio.
No Chile, país
que mantém suas fronteiras fechadas desde abril, exceto para viagens
essenciais, a variante foi detectada pela primeira vez na última quinta-feira
em uma mulher de 43 anos que viajou dos Estados Unidos.
Após a
confirmação do segundo caso, no estudante armênio que entrou no país em 17 de junho,
as autoridades explicaram que estão entrando em contato com os passageiros que
viajaram no mesmo avião e que a propagação da variante está sendo rastreada.
A variante
Delta foi detectada pela primeira vez na Índia em outubro do ano passado e está
se tornando a versão dominante da doença em todo o mundo, de acordo com a OMS.
Ocupação
hospitalar
Apesar de na
última semana o número de novos infectados e o índice nacional de positividade
terem diminuído, a taxa de ocupação das UTIs está em torno de 95% e a saturação
hospitalar tornou-se o principal desafio das autoridades.
O número de
pacientes infectados pelo coronavírus em estado grave não cai para menos de
3.000 em meses e a rede de saúde possui hoje apenas 274 leitos de UTIs
disponíveis em todo o país.
Nas últimas 24
horas, foram registradas 2.648 novas infecções e 35 mortes, o que eleva o saldo
total desde o início da pandemia para 1,55 milhão de casos e 32.489 óbitos.
A onda de infecções
ocorre apesar de o país ter implantado um dos processos de imunização contra
covid-19 mais bem-sucedidos do mundo, que já inoculou pelo menos uma dose em
mais de 80% da população-alvo (15,2 milhões dos 19 milhões de habitantes),
enquanto 68% completou o esquema de vacinação.
Da EFE
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