Um massacre de 16 pessoas no vale dos rios Apurímac, Ene
e Mantaro, uma região conhecida como Vraem, a sudeste de Lima
Grupo pede para
que população não participe do segundo turno das eleições, marcado para junho
Um massacre de
16 pessoas no vale dos rios Apurímac, Ene e Mantaro, uma região conhecida como
Vraem, a sudeste de Lima, virou um dos principais temas do segundo turno da
campanha presidencial no Peru.
Horas depois
das mortes, o Comando Conjunto das Forças Armadas do Peru acusou o grupo
revolucionário Sendero Luminoso pelas mortes.
A região,
porém, é conhecida por ser um reduto de um grupo de narcotraficantes liderado
por Víctor Quispe Palomino – que fez parte do Sendero Luminoso, mas deixou a
organização há cerca de uma década.
Apoiadores dos
dois candidatos, Pedro Castillo e Keiko Fujimori, se acusam mutuamente de usar
politicamente a história para influencia a eleição.
O presidente
interino do Peru, Francisco Sagasti, reagiu ao acontecido no Twitter.
"Ordenei a mobilização das Forças Armadas e à Polícia do Peru na área para
que essa ação terrorista não fique impune", escreveu.
Quando soube do
atentado, o candidato de esquerda Pedro Castillo disse à imprensa local.
"Quero estender minha solidariedade às famílias das vítimas que foram
assassinadas, condeno a atitude covarde de algumas pessoas que, nesse cenário
político, abusam do povo".
De acordo com
as últimas pesquisas eleitorais, Castillo tem uma vantagem de cerca de dez
pontos percentuais sobre a candidata de direita, Keiko Fujimori.
Keiko é filha
do ex-presidente Alberto Fujimori, que empreendeu uma grande campanha de
repressão ao Sendero Luminoso nos anos 1990, culminando na captura do principal
líder do grupo, Abimael Gúzman.
A candidata
Keiko Fujimori ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Segundo o
Comando Conjunto das Forças Armadas, no lugar onde as pessoas foram mortas, foi
encontrado um panfleto de autoria desconhecida que pedia o boicote às eleições
e à candidata Keiko Fujimori.
Região do Vraem, no Peru. Foto: Reprodução/Google Maps |
O Sendero
Luminoso teve o apogeu no Peru entre as décadas de 1980 e 1990. Um dos
fundadores, Abimael Guzmán, conhecido como Camarada Gonzalo, está em prisão
perpétua.
Outros líderes
do grupo chefiaram facções distintas do movimento, como é o caso de Víctor
Quispe Palomino, citado no comunicado militar desta segunda-feira.
A Comissão da
Verdade e Reconciliação atribuiu ao Sendero Luminoso a responsabilidade pela
morte de 32 mil pessoas entre 1980 e 2000.
da CNN*
(*Com
informações da CNN Internacional)
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