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O Sinpro Macaé e Região tem se esforçado para construir um canal de diálogo com as prefeituras de sua área de abrangência tendo em vista a segurança da saúde da categoria no possível retorno às aulas presenciais. O Sindicato solicitou a audiência em fevereiro, logo no início do ano de 2021. Apesar da demora na resposta a diretoria considerou importante o diálogo como uma forma de apresentar as reivindicações. Ainda aguardam a resposta das Prefeituras de Macaé e Casimiro de Abreu.
A presidente do Sinpro Macaé e Região, professora Guilhermina Rocha, argumentou
que a categoria não é contra o retorno presencial e sabe da importância do
vínculo entre os estudantes e docentes para a aprendizagem, porém, segundo ela,
“o retorno precisa acontecer de forma segura e no momento certo. Há algum tempo
que a cidade de Rio das Ostras vem apresentando a faixa laranja e, hoje, está
na vermelha, o que dá mais certeza quanto a posição do Sinpro”.
Os representantes
dos sindicatos abordaram a importância da educação e do retorno à sala de aula
com segurança para todos. “Vários estudos mostram que o ambiente escolar é um
ambiente de grande potencial de transmissão e, por isso, o retorno com
segurança só será possível mediante a vacinação”, afirmou a diretora do Sinpro
Macaé e Região, professora Renata Fernandes.
PONTOS TRATADOS - Representação: O Sinpro Macaé e Região reivindicou o espaço de discussão e elaboração para tratar das questões referentes ao retorno das aulas realizado no Conselho Municipal de Educação -CME; Questionou as deliberações do CME nº 001/2021 e a continuidade das deliberações realizadas por ele na ausência da participação dos representantes dos professores. O sindicato reafirmou, conforme as demais estruturas dos conselhos municipais de educação, que é inconcebível a ausência do segmento dos professores da educação privada, como ocorre em Rio das Ostras.
Quanto ao direito à educação, contudo, na situação atual da crise sanitária não se justifica a retomada das aulas presenciais nas escolas, isso em nome do direito à vida, que não pode ser desprezado, vez que constitui direito fundamental, inviolável, resguardado no art. 5o. “caput” da Constituição Federal.
Assim, merece prevalecer o direito à vida, pois arriscar a saúde para a retomada das aulas presenciais, em locais onde a transmissão do vírus é intensa, sem vacinação dos profissionais da educação, pode gerar um aumento do número de contaminados e de mortos pelo vírus, como já constatado e divulgado pela imprensa.
Testagem: A
direção do Sinpro indagou se há testagem em massa de forma que haja um
bom conhecimento sobre a dinâmica da pandemia no município. Se posicionou
para que nenhum trabalhador e trabalhadora retorne sem a testagem.
O prefeito Marcelino informou que a prefeitura comprou 23 mil testes para serem utilizados e o Sinpro reafirmou a necessidade da testagem como uma condição necessária conforme a Lei Estadual nº 8.997, de 31 de agosto de 2020 que autoriza a realização de testes diagnósticos do Coronavírus-sars-Cov-2, nos professores e funcionários das instituições de ensino, públicas e privadas, antes do reinício de suas atividades, no âmbito do Estado do Rio de Janeiro.
Vacinação: Como já divulgado em suas pautas, o Sinpro Macaé e Região defende a vacinação de toda população. A direção formalizou junto ao Município a solicitação de que os professores sejam considerados integrantes do grupo prioritário para a imunização, após a vacinação dos profissionais da saúde, idosos e pessoas com comorbidades.
O Prefeito informou que já existe um processo para aquisição das vacinas e que deseja que até abril e maio tenha vacinado todos os profissionais da educação. Já foi aprovada a compra pela Câmara dos Vereadores.
Plano de Retomada:
O Sinpro informou
sobre a necessidade de ajustes ao texto em conformidade com
as condições de saúde e trabalho.
CONDIÇÕES PARA RETORNO DAS AULAS:
a)
Testagem antes do retorno aos trabalhos;
b)
Vacinação para todos os profissionais de vacinação;
c)
Da impossibilidade de retorno dos professores que integram o grupo de risco ou
que que são portadores de comorbidades ou que residem com pessoas que integram
o grupo de risco;
d)
Liberação dos profissionais da educação com filho com deficiência;
e)
Classificação das Bandeiras: Critério mínimo para volta não pode ser somente o da
faixa. Foi questionada a faixa (bandeira) e o período e a ausência dos dados no
plano de retomada sobre a classificação de bandeiras.
f)
Cursos Livre: Profissionalizantes e extracurriculares (pré-vestibular e
línguas estrangeiras, etc): O Sinpro defendeu o mesmo critério estabelecido
para as escolas e faculdades públicas e particulares e que devem seguir o
decreto e manter fechada para o atendimento presencial.
O Secretário de Educação Maurício Santana lembrou que estará sendo realizada uma nova reunião da Comissão do Protocolo e que essas contribuições poderão ser apresentadas. Haverá uma nova reunião que será realizada entre os representantes das entidades e a Administração Municipal para a atualização conjunta do protocolo.
Educação como serviço essencial: A direção do sindicato perguntou qual é a posição da Prefeitura mediante ao tema e informou que através da Federação FETEERJ com o SEPE/RJ ingressou com uma ação judicial questionando o novo decreto do Governo do Estado nº 47.518, de 12 de março de 2021. Segundo o Prefeito Marcelino Borba não existe nenhuma indicação para essa deliberação.
Lembrou que conforme tem sido feito, o governo do estado deixou para a tomada de decisão das prefeituras municipais no Art. 20. Nos municípios que já se encontrem em vigor medidas de proteção a vida relativas a COVID19, observar-se-ão na hipótese de conflito, as normas municipais, que reconhece as especificidades das municipalidades (Decreto 47.518 de 12/03/2021 suspendeu a Resolução conjunta SEEDUC/SES nº 1536, de 25/01/2021).
“Neste sentido, o Sinpro Macaé e Região reitera que, hoje, para nós. Tratar educação como serviço essencial é garantir os investimentos necessários para educação pública , gratuita e de qualidade e preservar a vida”, falou Guilhermina.
O Prefeito
Marcelino e o Secretário de Educação prometeram se empenhar para contribuir com
o retorno seguro para toda a comunidade escolar e que, inclusive, farão um
acompanhamento das imunizações para que consigam inserir os trabalhadores da
Educação no grupo prioritário de vacinação o mais rápido possível.
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