Paralisia de Bell: entenda o evento adverso de 4 voluntários da Pfizer | Rio das Ostras Jornal

Paralisia de Bell: entenda o evento adverso de 4 voluntários da Pfizer

Agência reguladora dos EUA não determinou relação entre
vacina e paralisia. 
Liam McBurney/Pool via Reuters

Pessoas que receberam a vacina contra covid-19 durante testes desenvolveram condição considerada rara e que afeta um dos nervos faciais

Quatro voluntários que receberam a vacina da Pfizer/BioNTech contra covid-19 desenvolveram uma condição rara chamada paralisia de Bell, que é um tipo de imobilidade temporária de parte do rosto.

Os dados constam nos estudos de fase 3 da vacina que foram encaminhados à FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora dos Estados Unidos.

"Esses casos ocorreram aos 3, 9, 37 e 48 dias após a vacinação. Um caso (início em 3 dias após a vacinação) foi relatado como resolvido com sequelas dentro de três dias após o início, e os outros três foram relatados como continuando ou resolvendo a partir do corte de dados de 14 de novembro de 2020 com durações contínuas de 10, 15, e 21 dias, respectivamente", diz o relatório da FDA.

Segundo o documento, a frequência observada dos casos de paralisia de Bell "é consistente com a taxa de fundo esperada na população em geral" — 21.823 pessoas receberam a vacina nesta etapa dos testes e outros 21.828 tomaram placebo.

Com base nisso, a agência norte-americana avalia que "não há uma base clara sobre a qual concluir uma relação causal [entra vacina e a condição] neste momento, mas afirma que "recomendará vigilância para casos de paralisia de Bell com a implantação da vacina em populações maiores".

A paralisia de Bell é o enfraquecimento repentino ou paralisia dos músculos em um lado da face devido à disfunção do 7º nervo craniano (nervo facial), de acordo com o Manual Merck de Diagnóstico e Tratamento.

Este nervo é responsável pelos movimentos do rosto, estimula a salivação e as glândulas lacrimais, além ter funções auxiliares no paladar e audição.

Os sintomas incluem dor atrás do olho, que evolui para fraqueza moderada e até completa de apenas um dos lados do rosto. O resultado é que a face fica lisa, sem expressão.

Apesar disso, alguns pacientes sentem a face torcida. Segundo o Manual Merck, isso ocorre "porque os músculos da parte não afetada têm tendência a direcioná-la nesse sentido, sempre que realizam uma expressão facial".

As causas podem ser uma infecção viral (principalmente pelo vírus que causa o herpes simples) ou alguma doença imunológica que faz o nervo facial inchar.

A maioria das pessoas se recupera completamente depois de vários meses, com ou sem tratamento. Medicamentos corticosteroides podem ser usados, sob orientação médica, além de fisioterapia.

Fernando Mellis, do R7

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