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A partir deste mês, todas as escolas do ensino
primário (3 a 11 anos) e secundário (12 a 16 anos)* na Inglaterra foram
obrigadas a incluir o ensino LGBTQ no currículo. As escolas de segundo
grau ensinarão os alunos sobre “orientação sexual”, “identidade de
‘gênero'”(sexo) e “relacionamentos saudáveis”, enquanto as escolas de primeiro
grau* ensinarão as crianças sobre “famílias diferentes” – que incluem membros
LGBTQ.
As novas diretrizes indicam que um currículo “atualizado”
permitirá que os alunos alcancem “bem-estar mental” e “saibam como estar
seguros e saudáveis”.
“É por isso que
tornamos a Educação para Relacionamentos obrigatória em todas as escolas
primárias na Inglaterra e Relações e Educação Sexual obrigatória em todas as
escolas secundárias, bem como tornamos a Educação para a Saúde obrigatória em
todas as escolas financiadas pelo Estado”, diz o documento publicado pela Secretaria de Educação
inglesa.
Sidonie
Bertrand-Shelton junto à Stonewall, a principal organização ativista pró-LGBTQ da
Grã-Bretanha, previsivelmente, celebrou a decisão dizendo: “A educação
inclusiva LGBT consiste em ensinar que algumas crianças têm duas mães ou dois
pais. Aprender sobre diferentes tipos de famílias desde tenra idade ajuda a
criar elementos inclusivos ambientes para que todos sintam que pertencem”.
No entanto,
as novas medidas não foram bem recebidas por todos os
pais.
Em novembro passado, pais em Birmingham protestaram contra o
aprendizado de seus filhos sobre a igualdade LGBTQ, argumentando que as lições
sobre “relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo” vão contra suas crenças
religiosas, segundo a Sky News.
Os pais
seguravam cartazes com os dizeres “Meu filho, minha escolha”, “Deixe as
crianças serem crianças” e “Diga não à sexualização para crianças”.
Após as
manifestações, a escola Parkfield Community School, em Birmingham, suspendeu seu programa de ensino LGBTQ no ano passado
para consultar os pais.
Apesar da
resistência em Birmingham, membros do parlamento inglês votaram 538-21 a favor
do novo currículo, que será obrigatoriamente inserido nas escolas a paritr
deste mês (setembro), de acordo com informações da NBC News.
Os pais têm o
direito de solicitar que seu filho seja retirado de algumas ou de todas as
aulas ministradas como parte da educação sexual, mas os alunos não estão
autorizados a recusar a seção de Relacionamento e Educação para a Saúde.
Segundo o
documento, as diretrizes incentivam os professores a instruir os alunos de
maneira “delicada” e “ordenada”.
A nova política educacional diz: “Esperamos que todos os
alunos tenham aprendido conteúdo LGBT em tempo hábil como parte desta área do
currículo”.
*correção
e esclarecimento após publicação a respeito das escolas de ensino primário e
secundário: O sistema
educacional do Reino Unido financiado pelo Estado é dividido em estágios com
base na idade: Estágio inicial nos primeiros anos (idades de 3 a 4
anos); educação primária (idades de 5 a 11). Já o ensino médio no
Reino Unido, incluindo o que eles chamam de “ensino médio inglês”, “sexta
série” e “colegial”) dura de cinco a sete anos. Os alunos entre 12 e 16
anos são legalmente obrigados a frequentar uma escola secundária no Reino
Unido.
Por Thaís Garcia
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