Bolsonaro ergue caixa de hidroxicloroquina em frente a multidão algomerada no Palácio da Alvorada, em Brasília. Foto: Reprodução/Facebook |
O presidente
Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira (13), em transmissão ao
vivo nas redes sociais, que a hidroxicloroquina e a ivermectina poderão ser
compradas sem a retenção obrigatória da receita pelas farmácias.
Apesar da falta
de comprovação científica da eficácia, os medicamentos são defendidos pelo
presidente e por integrantes do governo para o tratamento de casos de Covid-19.
Bolsonaro
afirmou que foi informado por Antônio Barra, diretor-presidente da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da nova regulação. Quem desejar
comprar os medicamentos continuará precisando da receita assinada por um
médico, mas com um grau a menos de exigência. A retenção impede, por exemplo,
que receitas sejam reaproveitadas.
Segundo o
presidente, a exigência da dupla via evitava a compra de grandes quantidades
para revenda, mas isso foi alterado. "Evitar a compra para fazer negócio,
para revender, para fazer estoque agora, a Anvisa fez uma resolução de que
precisava de uma receita dupla via, com retenção, mas isso mudou agora",
disse.
Estoque
O presidente
Jair Bolsonaro defendeu as críticas ao fato de ele ter pedido que o laboratório
do Exército produzisse hidroxicloroquina e admitiu um estoque de cerca de 4
milhões de comprimidos. Segundo Bolsonaro, esse estoque há, mas não
exclusivamente dessa fonte de produção.
O presidente
também argumentou que os o Brasil utiliza em torno de 3 milhões por ano para
combater às doenças para as quais o uso da cloroquina é recomendado, no caso a
malária, lúpus e artrite, "então nada vai ser jogado fora".
Privatizações
Bolsonaro
comentou as saídas dos secretários de Desestatização, Salim Mattar, e da
Desburocratização, Paulo Uebel. Ele disse que as mudanças aconteceram de forma
pacífica e que Mattar "sentiu as dificuldades que nós sentimos" em
privatizar empresas estatais.
O presidente
voltou a dizer que gostaria de privatizar os Correios afirmou que há
resistências na oposição e nos sindicatos à venda das empresas públicas.
"Não é fácil vender uma empresa, privatizá-la, é uma burocracia
enorme", disse.
Temer
Jair Bolsonaro
disse que convidou o ex-presidente Michel Temer (MDB) para chefiar a missão
humanitária no Líbano porque ele é de origem libanesa e admitiu uma aproximação
com o emedebista. "Por que convidei Michel Temer? Porque ele é filho de
libaneses, é ex-presidente da República. Me sinto muito bem em conversar com
ele", disse.
Ao justificar o
apoio ao Líbano, Bolsonaro relembrou o envio de militares e insumos ao Brasil
por parte do governo de Israel após o rompimento da barragem da Mina Córrego do
Feijão, em Brumadinho (MG), em janeiro de 2019.
Guilherme
Venaglia, da CNN, em São Paulo
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