Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão na manhã desta quinta-feira (18) — Foto: Divulgação/PF |
Ação desta quinta-feira é um desdobramento de uma fase deflagrada em 2018.
A Polícia
Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (18), a 71ª fase da
Operação Lava Jato. A ação é um desdobramento da 57ª
fase da operação, que investigou o pagamento de propinas a funcionários
da Petrobras por empresas que atuam na compra e venda de petróleo e derivados.
Segundo o
Ministério Público Federal (MPF), os alvos da investigação são operadores
financeiros e doleiros. A TV Globo apurou que o operador financeiro investigado
é Carlos Murilo Goulart Lima.
De acordo com a
PF, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão e dois ofícios para
obtenção de dados telemáticos.
Os mandados
foram cumpridos nas seguintes cidades:
- Rio de Janeiro: 7 mandados de busca e apreensão;
- Cabo Frio: 1 mandado de busca e apreensão;
- Petrópolis: 4 mandados de busca e apreensão e 2
ofícios judiciais para obtenção de dados telemáticos.
Também foram
expedidas ordens para bloqueio de bens de R$ 17 milhões de reais, que é o valor
estimado dos prejuízos causados a Petrobras com o esquema.
As ordens
judiciais foram expedidas pela 13ª Vara Federal da Justiça Federal, em
Curitiba.
Segundo a PF,
foram apreendidos computadores, pendrives e celulares.
Os agentes
também apreenderam R$ 84 mil, U$ 11.680 e mais de 9 mil euros em espécie, além
de obras de arte.
O G1 tenta
contato com a Petrobras e com a defesa de Carlos Murilo Goulart Lima
Investigação
De acordo com o
MPF, o operador financeiro intercedia, entre 2008 e 2014, para que funcionários
da Petrobras fossem promovidos e mantidos em cargos estratégicos para que
pudessem viabilizar esquemas de geração de propina em importações de asfalto e
negociação de outros derivados.
O MPF informou
que este operador é ligado a um ex-ministro de Minas e Energia. No período, o
ministro era Edison Lobão (MDB).
Lobão
é réu na Lava Jato em um processo que investiga corrupção em
contratos da Transpetro.
O G1 tenta
contato com a defesa de Edison Lobão.
Na fase
deflagrada em 2018, a força-tarefa identificou e-mails que mostravam Goulart
Lima atuando para que apadrinhados fossem colocados em cargos estratégicos na
Petrobras para gerenciar esquemas de propina.
Na operação
desta quinta-feira, a PF buscou provas para identificar quanto o operador
recebeu nestes esquemas.
Por Fernando Castro e Pedro Brodbeck, RPC e G1 PR
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