Vídeo é de reunião de ministro no Palácio do Planalto em 22 de abril. Marcos Corrêa/PR 22.04.2020 |
Procurador-Geral
da República, Advogado-Geral da União e um juiz auxiliar do ministro do STF
Celso de Mello também vão assistir ao material
O ex-ministro
da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro vai assistir, na manhã desta
terça-feira (12), o
vídeo da reunião ministerial realizada no Palácio do Planalto em 22 de abril, e
que foi indicada por ele em
seu depoimento como uma das provas das acusações contra o
presidente Jair Bolsonaro.
A exibição deve
acontecer na sede da Polícia Federal em Brasília e devem ser acompanhada também
pelo Procurador-Geral da República, Augusto Aras, do Advogado-Geral da União,
José Levi, e de Hugo Sinvaldo Silva da Gama Filho, juiz federal auxiliar do
ministro do STF Celso de Mello.
Os
participantes da exibição vão
poder assistir o vídeo uma única vez e devem manter o sigilo do
conteúdo, até que ele seja suspenso pelo ministro Celso de Mello, podendo ser
processados em caso de vazamentos.
O vídeo que
será exibido está armazenado em um disco rígido externo, lacrado em um
envelope, e contém a íntegra da gravação da reunião ministerial ocorrida no
Palácio do Planalto em 22 de abril, entregue na último sexta-feira(8) pela
Presidência da República no STF.
No vídeo em
questão, Moro alega que teria sido ameaçado pelo presidente Jair Bolsonaro.
Ainda de acordo com Moro, o presidente teria dito no encontro que iria
"interferir em todos os ministérios" e que iria demiti-lo caso não
concordasse com a troca no comando da Polícia Federal.
O ex-ministro
Moro alega ainda que no vídeo, agora em posse de Celso de Mello, há o registro
de um desentendimento entre os ministros da Economia, Paulo Guedes, e do
Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
Márcio
Neves, do R7
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