'Se não puder (trabalhar) é porque a máscara não funciona', disse Bolsonaro. Dida Sampaio/Estadão Conteúdo - 21.05.2020 |
Presidente
voltou a afirmar que "mais importante que a vida, é a
liberdade", e que "morre muito mais gente de pavor do que de um
ato em si"
O presidente
Jair Bolsonaro defendeu nesta quinta-feira (21) que as pessoas voltem ao
trabalho usando máscaras, assim que o projeto em tramitação no Congresso que
obriga o uso de máscaras protetoras for aprovado. Para o presidente, a
segurança fornecida pelos equipamentos justifica uma eventual retomada da
atividade econômica, de forma que "se não puder (trabalhar) é porque a
máscara não funciona".
Durante a
transmissão, Bolsonaro afirmou que "mais importante que a vida, é a
liberdade", e que "morre muito mais gente de pavor do que de um ato
em si".
"Se nós
dizemos a vocês que a máscara evita o contágio, vamos poder trabalhar de
máscara, porque, se não puder, é porque a máscara não funciona. Tem que voltar
a trabalhar, pô, a vida continua", disse o presidente em transmissão de
vídeo feita em sua página no Facebook. Na live, Bolsonaro também voltou a
defender o uso da cloroquina no tratamento da covid-19, doença causada pelo
novo coronavírus, embora reconheça que ainda não há comprovação científica de
que o medicamento funcione contra o vírus.
"Nós
sabemos que não tem uma comprovação científica, mas tem muitos relatos de
médicos, de pessoas com comorbidades que tomaram a hidroxicloroquina e estão
vivos. Claro que alguns morrem, mas a grande maioria vive e conta sua
experiência". "Quem quiser tomar, toma. Quem não quiser, não
toma", arrematou.
Se antecipando
a possíveis críticas focadas nos efeitos colaterais da cloroquina, Bolsonaro
explicou que "todo remédio tem efeito colateral" e que até água em
excesso pode matar.
O presidente
também disse que, diante da ausência de um medicamento que comprovadamente
ajude contra a covid-19, é o caso de "deixar o cara tentar com a
cloroquina". Exemplificando, disse que "eu, quando tenho problema de
estômago, tomo Coca-Cola. Me desculpem os médicos, mas funciona".
Na transmissão
ao vivo, Bolsonaro afirmou não saber se foi contaminado pelo coronavírus,
apesar de ter testado negativo em três testes. "Eu não sei se eu adquiri.
No avião que eu voltei dos Estados Unidos, 23 pegaram. Se eu peguei, não
aconteceu nada, nunca espirrei, olho vermelho, cansado, nada", minimizou.
Ele voltou a
dizer que a saída de Regina Duarte da Secretaria Especial de Cultura se deu por
questões familiares. "A questão de família depois de uma certa idade pega
e pesa. Ela vai para a Cinemateca ou outro órgão. Não podemos viver sem a
Regina Duarte, eterna namoradinha do Brasil", disse.
Por Agência
Estado
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