Jair Bolsonaro na rampa do Palácio do Planalto, em Brasília.Isac Nóbrega / PR / 14.05.2020 |
Reunião, feita
pela Secretaria de Governo, irá ocorrer às 10h. Reabertura da economia e ajuda
financeira aos Estados e municípios serão destaques
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se
reunirá nesta quinta-feira (21) com governadores para debater sobre medidas relacionadas
ao enfrentamento do novo coronavírus.
A reunião,
organizada pela Secretaria de Governo, irá ocorrer às 10h. A reabertura da
economia e ajuda financeira aos Estados e municípios serão os principais temas.
O plano de
socorro aos Estados, que estabelece a distribuição de R$ 60 bilhões, foi aprovado no dia 6 de maio em sessão
extraordinária no Senado Federal e, desde então, aguarda sanção presidencial.
Bolsonaro tem
adiado a ratificação do projeto e afirmou, cinco dias depois da aprovação pelos
senadores, que vetaria um dos itens do plano, o reajuste
de servidores públicos.
“É urgente a
sanção do presidente ao auxílio emergencial aos Estados”, disse Fátima Bezerra,
governadora do Rio Grande do Norte.
O governador
João Doria disse que a mensagem que São Paulo levará à reunião será “de paz,
harmonia e entendimento”. “Temos que estar juntos para salvar vidas. Não é hora
de politizar, brigar, estabelecer disputar. Temos que estar juntos”, defendeu.
O atraso em
sancionar o plano de socorro também foi criticado pelo presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), nesta terça-feira (19). O deputado disse
esperar que a sanção ocorra ainda nesta semana, caso contrário, há risco de, em
caso de demora, de gerar a necessidade de um novo projeto.
“O presidente
deve ter seus motivos para estar adiando. Agora, quanto mais você adiar o apoio
a estados e municípios, como a arrecadação vem caindo, alguns vão ficar em uma
situação muito ruim, e isso pode gerar uma necessidade de uma segunda medida de
apoio, não seria o ideal”, disse Maia.
A CNM
(Confederação Nacional dos Municípios), entidade que representa mais de 5.000
prefeitos do Brasil, encaminhou na última segunda-feira (18) ao presidente
um pedido para que ele vete o reajuste salarial aos
servidores públicos, previsto no plano de socorro.
A entidade
avalia como inoportuno “qualquer aumento de salários e concessão de bônus ou
gratificações a agentes públicos” em um momento em que considera as perdas de
receita “imensuráveis” e avalia, ainda, que as perdas de renda das famílias
brasileiras e das empresas ainda são “imprevisíveis”.
Plínio
Aguiar, do R7
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