Comércio popular
fica no Centro do Rio
Estefan
Radovicz / Agencia O Dia
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Além de
gerenciar o aluguel e a venda de boxes no mercado popular do Centro do Rio,
suspeitos cobravam taxas semanais em troca de segurança, limpeza e para suposta
divisão da conta de luz
Rio - A Polícia
Civil e o Ministério Público estadual (MPRJ) fazem,
desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira, a Operação
Camelus contra suspeitos de praticarem extorsões de comerciantes do
camelódromo da Uruguaiana, no Centro do Rio. São
diversos mandados de busca e apreensão, que estão sendo cumpridos em endereços
de oito acusados em várias cidades, dentre elas municípios da Baixada
Fluminense.
Tanto o
ex-presidente do Centro Comercial Uruguaiana, José Lopes do Nascimento,
como o atual, Antenor Pereira de Jesus Filho, são alvo das
investigações. O MPRJ diz que agentes públicos também estão envolvidos no
esquema.
A entidade
pediu à Justiça o afastamento dos integrantes da organização criminosa da
associação dos comerciantes do camelódromo e de servidores envolvidos de
qualquer fiscalização feita pela Secretaria Municipal de Ordem Pública
e à Coordenadoria de Licenciamento e Fiscalização.
INVESTIGAÇÕES
De acordo com o
inquérito policial, da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas
Organizadas (Draco), de abril de 2015 a maio de 2018, além das extorsões, os envolvidos
no crime também adquiriram boxes do mercado popular de forma irregular.
Os acusados
gerenciam o aluguel e a venda irregular dos espaços e ainda cobravam taxas
semanais dos comerciantes em troca de segurança, limpeza e para uma suposta
divisão da conta de luz. Quem não pagasse, poderia ser expulso do local, com a
perda do ponto de venda.
"O grupo
utilizava o esquema criminoso para, através da Associação de Comerciantes do
local, usurpar funções públicas que deveriam ser desempenhadas pelo estado e
pelo município do Rio de Janeiro, utilizando-se ainda de agentes públicos,
responsáveis por inibir a efetiva fiscalização e garantir a omissão estatal,
viabilizando assim a construção irregular em espaço público, alteração
fraudulenta de titularidade de boxes no cadastro de permissionários junto à
Prefeitura, bem como o fomento às demais práticas criminosas", diz um
trecho da denúncia do Ministério Público.
Os acusados da
investigação vão responder pelos crimes de extorsão, venda e cessão
irregular de espaço público permissionário, falsidade ideológica, lavagem de
dinheiro, dentre outros.
"Além de inúmeras
outras irregularidades que colocam em risco a vida de comerciantes e
frequentadores do local", alega o MPRJ.
PRESO EM
2018
O ex-presidente
do Centro Comercial Uruguaiana José Lopes do Nascimento já havia sido alvo de
outra operação da Draco. Na ocasião, maio do ano passado, ele, então
presidente do grupo, chegou a ser preso pelos mesmos crimes da atual
investigação.
Na época, a
Draco ainda verificou denúncias sobre a existência de uma milícia instalada no
local.
Por O Dia
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