Ex-governadores
foram presos na manhã da
quarta-feira
- Reprodução / Globo News
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Essa é a quinta
prisão de Garotinho e a terceira da esposa, que foram presos em casa, no
Flamengo
Rio - O
ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Leopoldo de Arruda Raposo negou,
nesta quarta-feira, pedido de liberdade aos ex-governadores do Rio de Janeiro
Anthony Garotinho e Rosinha Matheus. Eles foram presos na manhã desta
quarta-feira por determinação da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. O
ministro rejeitou um pedido de habeas corpus protocolado defesa do casal.
Nesta
terça-feira, o colegiado do TJRJ derrubou uma liminar que havia concedido
habeas corpus a Garotinho e Rosinha, que são acusados de fraudes em contratos
celebrados entre a prefeitura de Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, e
a construtora Odebrecht para a construção de casas populares, durante os dois
mandatos de Rosinha como prefeita da cidade, entre 2009 e 2016.
A defesa
sustenta que ordem de prisão é ilegal e arbitrária, "pautada apenas em
suposições e conjecturas genéricas sobre fatos extemporâneos, que supostamente
teriam ocorrido entre os anos 2008 e 2014".
Garotinho foi
governador do estado do Rio de Janeiro entre os anos de 1999 e 2002. Sua
esposa, Rosinha, governou o estado de 2003 a 2006.
A acusação
O casal é
acusado pelo Ministério Público estadual (MPRJ) de superfaturar contratos na
gestão de Rosinha na Prefeitura de Campos dos Goytacazes entre 2009 e 2016, causando
um prejuízo de R$ 62 milhões aos cofres públicos do município.
Segundo o MPRJ,
eles beneficiaram a construtora Odebrecht em licitações para a construção de
9.674 casas populares dos programas Morar Feliz I e II. As investigações
apontam que os contratos, somados a aditivos, custaram R$ 1 bilhão, com
superfaturamento superior a R$ 62,5 milhões, dos quais R$ 25 milhões teriam
sido repassados em propina ao casal.
O esquema foi
revelado por dois executivos da Odebrecht, em acordo de colaboração na Operação
Lava Jato: Leandro Andrade Azevedo e Benedicto Barbosa da Silva Junior. Outro
executivo da empresa, Eduardo Garrido Fontenelle, também foi denunciado no
inquérito.
Outras
prisões
Garotinho foi
preso pela primeira vez em novembro de 2016, na Operação Chequinho, que
investigou compra de votos em Campos com o programa Cheque Cidadão. Na
ocasião, ele
passou mal e foi levado à força do Hospital Souza Aguiar para o Complexo de
Bangu.
Em setembro de 2017, o ex-governador foi preso enquanto apresentava um programa de rádio. Ele havia sido condenado pela Justiça Eleitoral a 9 anos e 11 meses por corrupção eleitoral, entre outros crimes. Depois, passou à prisão domiciliar.
Em setembro de 2017, o ex-governador foi preso enquanto apresentava um programa de rádio. Ele havia sido condenado pela Justiça Eleitoral a 9 anos e 11 meses por corrupção eleitoral, entre outros crimes. Depois, passou à prisão domiciliar.
Em novembro do
mesmo ano, o casal foi alvo da Operação Caixa D'Água, ambos acusados de
corrupção, organização criminosa e falsidade em contas eleitorais. Na
época, Garotinho
fez greve de fome e disse
ter sido agredido na prisão.
Por Agência Brasil
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