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'Mais
Médicos' chegaram ao Ceará em 2013 com contrato
de trabalho de três anos — Foto: Arquivo/TV
Verdes Mares
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Em
comunicado, Departamento de Estado afirma que as iniciativas persuadem os
profissionais a usarem o serviço médico como 'ferramenta política'.
O governo dos Estados Unidos anunciou na
segunda-feira (30) que restringirá vistos de funcionários de Cuba responsáveis pelo programa
de missões de médicos cubanos no exterior.
Em comunicado,
o Departamento de Estado norte-americano alega que os programas colocam os
médicos em situações adversas, como:
- Longas jornadas com privação de sono
- Salários ruins
- Alojamentos inseguros
- Restrição nos deslocamentos
- Retenção de passaporte
Além disso,
segundo o documento, o regime de Havana força profissionais cubanos no exterior
a usarem o serviço médico como ferramenta política, ao prover assistência em
troca de lealdade.
"Qualquer
programa que coaja, ponha em perigo e explora seus próprios funcionários é
fundamentalmente falho", diz a nota.
"Pedimos
aos governos que atualmente têm parceria com programas de médicos cubanos no
exterior que assegurem as garantias contra abuso e exploração
trabalhista", completa a nota.
Na semana
passada, um grupo de médicos cubanos denunciou em Nova York, à margem da
Assembleia da ONU, a "escravidão" sofrida quando integravam as
missões internacionais do governo de Havana.
Ao menos 600
mil cubanos prestaram serviços médicos, em cerca de 160 países, nos últimos 55
anos, segundo o governo cubano, que defende a solidariedade de sua
"diplomacia dos jalecos brancos".
Convênios na
mira dos EUA
Não é a
primeira vez que programas de médicos cubanos no exterior entram na mira do
governo norte-americano. Em junho, os EUA incluíram Cuba na categoria mais severa de países com tráfico
de pessoas – citando, inclusive, a parceria com o programa Mais Médicos, encerrada em novembro do
ano passado.
De acordo com o
relatório, Cuba se retirou do
programa após os pedidos do então presidente eleito Jair Bolsonaro para
"melhorar o tratamento e as condições de emprego dos profissionais de
saúde cubanos depois de denúncias de coerção, não pagamento de salários,
retenção de passaportes e restrições no movimento".
Na ocasião, o
presidente de Cuba, Miguel
Díaz-Canel, respondeu pelo Twitter: "Isto é o que as ideias
conservadoras que imperam nos EUA confundem com tráfico de pessoas. Denunciamos
esta acusação imoral, mentirosa e perversa".
Por G1

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