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Venda de
linha chilena é proibida por lei. O produto, à base
de alumínio
e quartzo, tem capacidade de corte quatro vezes
maior do que cerol - Reprodução
Internet
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A iniciativa é
da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Municipal, e não é preciso se
identificar. Produtos podem até matar
Rio - Começou a
funcionar na manhã desta segunda-feira o Disque Linha Chilena/Cerol
(0800.285.2121) criado pela Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara
Municipal do Rio para receber denúncias sobre comercialização e uso do produto
e também do cerol, que são proibidos por lei. E não é preciso se identificar.
Os casos serão encaminhados aos órgãos responsáveis pelo combate a esse tipo de
crime, como a Polícia Civil. O atendimento é das 10h às 17h.
O cerol é feito
da mistura de cola de sapateiro com vidro moído aplicada em linhas de
pipa. Já a linha chilena, tem quartzo moído e óxido de alumínio e tem poder
cortante muito maior que o cerol. Os ferimentos causados por esses materiais
podem levar a amputação e até a morte.
O telefone foi
criado pela presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da câmara, vereadora
Vera Lins (PP), autora da Lei 5.414, de maio de 2012, que proíbe a
comercialização e uso no município da linha chilena. Além das denúncias, a
vereadora irá encaminhar ao secretário estadual de Polícia Civil, Marcus
Vinicius Braga, ofício solicitando maior rigor no combate a comercialização da
linha chilena.
"Temos
consciência de que a secretaria está atarefada com outros casos, mas creio que
seja de grande importância tentar coibir essa atividade que ao invés de trazer
prazer, acaba se tornando algo letal para as pessoas e principalmente
motociclistas", disse a parlamentar. "Não queremos proibir que deixem
de soltar pipa, mas essas linhas são verdadeiras armas tendo um poder de
corte quatro vezes maior que o do tradicional cerol", explicou Vera Lins.
Segundo ela,
dados da Associação Brasileira de Motociclistas (Abram), no Brasil são mais de
100 acidentes por ano, sendo que 50% causam ferimentos graves, e 25% fatais.
Ela informou
ainda que para burlar a fiscalização, em alguns casos os primeiros metros do
rolo desse tipo de linha não possuem o produto, e que essas linhas são de fácil
identificação, pois são comercializadas em rolos grandes e nas cores azul, rosa
e vermelho. Para agravar a situação, essas podem ser compradas facilmente pela
internet e sem nenhum tipo de informação ao risco que causa à vida humana.
A lei municipal
determina que o infrator, se for pessoa jurídica, poderá sofrer sanções que vão
desde o pagamento de multa no valor de R$ 2 mil - que aumenta em 50 vezes esse
montante em caso de reincidência -, até o fechamento do estabelecimento. No caso
da comercialização da linha chinela em feiras livres ou camelódromo, o
proprietário poderá ter sua permissão de funcionamento cassada.
Por MARIA INEZ MAGALHÃES

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