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Imagem do
caça SU-30 Flanker da Venezuela, que perseguiu avião
americano, foi divulgada pela Força Aérea dos
EUA
Foto:
MICHAEL WIMBISH / US SOUTHERN COMMAND / AFP
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Segundo
Força Aérea americana, o avião estava realizando uma missão reconhecida e
aprovada em espaço aéreo internacional sobre o mar do Caribe. Venezuela afirma
que avião não informou sua presença e por isso teria sido interceptado e depois
escoltado para fora do espaço aéreo venezuelano.
Os Estados
Unidos afirmaram neste domingo (21) que um caça venezuelano de fabricação russa
"seguiu de forma agressiva" uma aeronave de reconhecimento das Forças
Armadas americanas que realizava uma missão em espaço aéreo internacional.
"Um Su-30
Flanker da Venezuela seguiu de forma agressiva a aeronave americana EP-3 a uma
distância insegura em 19 de julho, pondo o perigo a tripulação e a
aeronave", afirmou o Comando Sul, um dos comandos de combate do
Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
Segundo o
órgão, o EP-3 "estava realizando uma missão reconhecida e aprovada em
espaço aéreo internacional sobre o mar do Caribe".
Posteriormente,
o Comando Sul informou em comunicado que o avião americano realizava de maneira
rotineira "missões de detecção e vigilância" na região para poder
garantir a "segurança e proteção" dos cidadãos americanos e dos
parceiros dos EUA sem violar as normas "e regras internacionais",
enquanto o piloto da aeronave venezuelana atuou de uma "maneira pouco
profissional".
Além disso, o
comando americano advertiu que "esta ação demonstra o irresponsável apoio
militar da Rússia" ao regime "ilegítimo" de Nicolás Maduro,
assim como a "imprudência e o comportamento irresponsável" do governo
venezuelano, que dificulta "o direito internacional e os esforços para
resistir ao tráfico ilícito".
A nota
acrescenta que o governo venezuelano continua "violando" as leis internacionais
e demonstra o seu "desprezo" pelos acordos que autorizam os EUA e
outras nações a "realizar voos de forma segura" no espaço aéreo
internacional.
Os
venezuelanos, por sua vez, disseram que na última sexta-feira (19) rechaçaram "a incursão de uma aeronave de
reconhecimento e inteligência dos EUA" sobre o território do país.
O comunicado do regime chavista ainda aponta que o avião americano não informou
sua presença e por isso teria sido interceptado e depois escoltado para fora do
espaço aéreo venezuelano.
O governo
venezuelano também disse que o voo da aeronave americana era uma
"provocação direta” e uma violação de tratados internacionais de
soberania.
Em junho de
2006, o então presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou a compra de 24
caças de longo alcance Su-30 da Rússia para substituir os F-16 americanos na
Força Aérea venezuelana.
Durante uma
viagem oficial no mês passado pela América do Sul, o almirante Craig Faller,
responsável pelo Comando Sul dos EUA, disse que a crise na Venezuela se
encontra "estagnada" e que, do ponto de vista militar, a situação
requer uma "certa paciência estratégica".
"Mas o
mundo continua unido a favor do governo legítimo da Venezuela e em apoio a uma
transição a um Estado democrático", acrescentou Faller, que especificou
que seu papel como militar "é apoiar a política dos EUA, trabalhar nas
áreas de Inteligência e Informação, e planejar todas as decisões".
O governo
americano liderou o apoio
que 50 países expressaram ao líder opositor Juan Guaidó, chefe do
Parlamento e que no último dia 23 de janeiro se proclamou presidente interino
da Venezuela.
Por Deutsche Welle

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