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© Reprodução Pesou
nas demissões a acusação de que a ata do acordo
para compra de energia elétrica
produzida pela Usina de
Itaipu
havia sido debatida e aprovada sem a devida transparência
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Uma crise
política envolvendo a ata de 1 acordo entre o Brasil e o Paraguai, voltado para
a compra de energia elétrica produzida pela Usina de Itaipu, resultou na
renúncia do chanceler Luis Castiglioni e do embaixador paraguaio no Brasil,
Hugo Caballero.
O atrito
envolvendo a ata do acordo, aprovada em maio, também causou as demissões do
presidente da Ande (Administração Nacional de Eletricidade), Alcides Jiménez, e
do diretor paraguaio de Itaipu, Alberto Alderete. As demissões foram anunciadas
nesta 2ª feira (29.jul.2019) pelo porta-voz da presidência do Paraguai, Hernán
Hutteman, que disse terem sido aceitas pelo presidente Mario Abdo Benítez.
Pesou nas
demissões a acusação de que a ata do acordo havia sido debatida e aprovada sem
a devida transparência. Autoridades e congressistas afirmaram que o acordo
negociado seria prejudicial ao país vizinho e que poderia causar um prejuízo de
até US$ 300 milhões.
Nesta 2ª, o
Congresso paraguaio aprovou 1 projeto para anular os termos da ata. O texto diz
que o governo deve encarar toda negociação “com o Brasil sobre Itaipu
na base da transparência, em particular da plena soberania hidrelétrica”. O
projeto diz ainda que as negociações devem ocorrer com a ampla participação dos
poderes do Estado.
A decisão foi
ratificada pelo presidente paraguaio. Com a revogação, o acordo volta a ser
renegociado, no nível técnico, disse comunicado oficial da Presidência
paraguaia.
Na semana
passada, o ex-presidente da Ande, Pedro Ferreira, já havia renunciado após
discordar dos termos do acordo e se recusar a assiná-lo. Nesta 2ª, o Congresso
paraguaio aprovou ainda a criação de uma comissão com deputados e senadores
para acompanhar as negociações. Caberá ainda ao colegiado, formado por 5
deputados e 5 senadores, investigar questões relacionadas ao tratado de Itaipu.
Assinado em
1973, ele determina que em 2023 seja feita uma revisão dos valores para a venda
da energia produzida pela usina. Tanto o Brasil quanto o Paraguai têm direito a
50% da energia produzida, mas parte da eletricidade destinada ao país vizinho é
vendida para o Brasil.
Poder360
Com
informações da Agência Brasil

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