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Reuters/Vincent West Líder do ETA, Josu Ternera
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O líder do ETA,
Josu Ternera, acusado pela Espanha de participar de um ataque em 1987 cometido
pelo grupo separatista basco que matou 11 pessoas, foi preso na França nesta
quinta-feira.
Ternera, de 69
anos, também conhecido por José Antonio Urrutikoetxea, era o líder "mais
procurado" do ETA em ambos os lados da Cordilheira dos Pireneus, disse o
ministro do Interior espanhol em um comunicado.
Ele foi preso
devido a mandado emitido por um tribunal de Paris que o condenou em junho de
2017 por integrar um grupo terrorista e o sentenciou a 8 anos de prisão, disse
uma fonte judicial francesa.
Ternera era
fugitivo desde 2002, quando a Suprema Corte da Espanha emitiu um mandado
individual de prisão internacional contra ele por seu suposto envolvimento no
ataque de 1987. À época ele era parlamentar no Parlamento regional basco.
Ele foi detido
em uma operação conjunta entre a França e a Espanha na região alpina de Alta
Saboia, próxima à fronteira francesa com a Suíça e a Itália.
O ETA, cuja
dissolução foi anunciada por Ternera no ano passado, bombardeou barricadas
policiais na cidade de Saragoça em dezembro de 1987, matando 11 pessoas, dentre
elas, 6 crianças.
Estima-se que o
grupo separatista tenha matado mais de 850 pessoas durante uma campanha
guerrilheira que durou 50 anos, cujo objetivo era criar um Estado basco no
norte da Espanha e sudoeste da França.
O ETA (Euskadi
Ta Askatasuna, ou Pátria Basca e Liberdade) declarou um cessar-fogo em 2011 e
entregou suas armas em abril de 2017, encerrando a maior insurgência armada da
Europa Ocidental.
Foi anunciado
em maio de 2018 que o grupo tinha desmantelado todas as suas estruturas.
"A
cooperação franco-espanhol demonstrou mais uma vez sua eficácia", disse o
primeiro-ministro espanhol em exercício, Pedro Sánchez, em um comunicado que
celebrava a prisão de Ternera.
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