Foto mostra
destruição após um ataque aéreo feito pela Rússia na cidade
de Idlib, no noroeste da Síria, em março. —
Foto: Muhammad Haj Kadour/AFP
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Não houve
comentários imediatos do governo sírio sobre a declaração dos EUA, feita nesta
terça-feira (21). O país do Oriente Médio já foi bombardeado duas vezes pelo
uso de armas químicas.
Os Estados Unidos veem indícios de
que o governo de Bashar al-Assad,
na Síria, realizou um novo
ataque com cloro na região de Idlib, no noroeste do país, neste domingo,
informou o Departamento de Estado do país nesta terça (21), de acordo com as
agências France Presse e Reuters. Os americanos ameaçaram uma "resposta
rápida".
"Infelizmente,
continuamos a ver sinais que o regime de Assad pode estar usando armas químicas
mais uma vez. Ainda estamos reunindo informações sobre o incidente, mas
reafirmamos nossa advertência: se o regime de Assad utilizar armas químicas, os
Estados Unidos e seus aliados responderão rapidamente e de maneira apropriada",
declarou Morgan Ortagus, porta-voz da diplomacia americana.
Mapa mostra localização da Província de Idlib, no norte da Síria Foto: Infografia: Alexandre Mauro/G1 |
Ortagus disse
que o suposto ataque foi parte de uma violenta campanha das forças do
presidente sírio – que teriam violado um cessar-fogo que protegeu vários
milhões de civis na área de Idlib, a cerca de 60km a sudoeste de Alepo.
"Os
ataques do regime contra as comunidades do noroeste da Síria devem
acabar", disse o comunicado. "Os Estados Unidos reiteram sua advertência,
de setembro de 2018, de que um ataque contra Idlib seria uma escalada
imprudente que ameaça desestabilizar a região".
Represálias
O governo Trump já bombardeou a Síria duas vezes, em abril de 2017 e abril de 2018, pelo suposto uso de
armas químicas por Assad. Em setembro, os americanos afirmaram que havia
evidências de armas químicas sendo preparadas pelas forças do governo sírio em
Idlib, último bastião rebelde no país.
A declaração do
Departamento de Estado acusou as forças da Rússia e de Assad de "uma campanha de desinformação
contínua para criar a falsa narrativa de que outros são culpados por ataques
com armas químicas".
"Os
fatos, no entanto, são claros", disse o comunicado. O próprio regime de
Assad conduziu quase todos os ataques verificados de armas químicas que
ocorreram na Síria - uma conclusão a que as Nações Unidas chegaram repetidas
vezes.
Em janeiro, o
conselheiro de segurança nacional dos EUA, John Bolton, alertou o governo sírio
para que não usasse armas químicas de novo.
Não houve
comentários imediatos do governo sírio sobre a declaração dos EUA, diz a
Reuters.
Por G1
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