Delcy
Rodriguez, ao lado de Nicolás Maduro, durante protestos a favor
do regime chavista na Venezuela em janeiro —
Foto: Luis Robayo/AFP
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Delcy
Rodriguez ainda afirmou que o carregamento poderia ser considerado 'armas
biológicas'. Na terça, venezuelanos foram às ruas exigir que a entrada dos
caminhões com alimentos e remédios.
A
vice-presidente do regime de Nicolás Maduro,
Delcy Rodriguez, acusou a ajuda
humanitária enviada à Venezuela de
ser "contaminada, envenenada e cancerígena".
"Poderíamos
dizer que são armas biológicas, o que pretendem introduzir com essa ajuda
humanitária", afirmou Rodriguez, em discurso na terça-feira (12).
No mesmo dia,
milhares de venezuelanos foram às ruas em todo o país para pressionar o governo
chavista a liberar a entrada do carregamento de comida e remédios – parte dele
retido na fronteira com a Colômbia por apoiadores do regime.
Juan Guaidó,
declarado presidente interino em janeiro, afirmou que a ajuda humanitária
chegará à Venezuela até 23 de fevereiro. Ele também informou que haverá novos
pontos de coleta desse carregamento, inclusive na fronteira com o Brasil, em
Roraima.
O regime
chavista acusa os Estados
Unidos de tramarem um golpe de estado com a entrada da ajuda
humanitária. Maduro se defende dizendo que as sanções impostas pelo governo
de Donald
Trump são responsáveis pela fome e crise de abastecimento vivida
no país.
Protestos
contra Maduro
Em mais um dia
de protestos, milhares
de manifestantes foram às ruas na Venezuela na terça-feira contra
o bloqueio imposto pelo regime de Nicolás Maduro à
ajuda humanitária enviada ao país. Caminhões e militares favoráveis ao governo
chavista fecharam
uma ponte na fronteira com a Colômbia para impedir a passagem do
carregamento de comida e remédios.
Guaidó pediu
aos militares que deixem entrar os carregamentos. "As Forças Armadas devem
decidir se estão do lado da Constituição", disse.
"Apostaram
em nos dividir, e aqui estamos mais unidos e fortes do que nunca. A ajuda
humanitária vai entrar de qualquer maneira na Venezuela porque o usurpador vai
ter de partir da Venezuela", afirmou Guaidó.
O líder
oposicionista voltou a cobrar os militares pelo Twitter, logo após o discurso:
"Uma
ordem aberta às Forças Armadas: permitam a entrada da ajuda humanitária. Terão
alguns dias para se colocarem ao lado da Constituição e da humanidade. São as
vidas de 300 mil venezuelanos que estão em risco", escreveu.
Trump diz
ter plano 'B, C e D'
O presidente
dos EUA, Donald Trump, voltou a dizer nesta quarta-feira que estuda
todas as opções para resolver a crise na Venezuela, na
mesma linha do que ele já havia anunciado.
"Sempre
tenho um plano B, C e D", disse Trump, perguntado se tem algum plano caso
Maduro não deixe o poder.
Pouco antes, a
liderança da oposição na Câmara disse que o Congresso dos EUA não apoiariam uma
hipotética intervenção militar norte-americana na Venezuela.
"Eu
quero deixar claro a todos: uma intervenção militar norte-americana na Venezuela
não é uma opção", disse Eliot Engel, líder do Comitê de Relações
Exteriores da Câmara.
Por G1
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