Manifestantes
contra o governo de Daniel Ortega fazem
protesto
(arquivo). — Foto: Marvin Recinos / AFP
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Partes
romperam depois que a classe empresarial decidiu apoiar os protestos contra o
governo do país.
O governo de
Daniel Ortega e empresas privadas se reuniram no sábado (16) para buscar um
"entendimento" após vários meses de distanciamento, diante da grave crise política e econômica vivida pela
Nicarágua.
"Na aberta
troca foi confirmada a necessidade de um entendimento para iniciar uma
negociação, por meio de um encontro inclusivo, sério e franco", anunciou o
governo em comunicado.
Do encontro
participou "um grupo de empresários representativos do setor privado
nicaraguense para abordar temas importantes para o bem comum do país",
acrescenta a nota.
Compareceram
como testemunhas e mediadores do encontro o núncio apostólico Waldemar
Stanislaw Sommertag e o cardeal nicaraguense Leopoldo Brenes.
Crise na
Nicarágua
O presidente
da Nicaragua, Daniel Ortega, durante discurso para
representantes
da Aliança Bolivariana para os Povos da América
(ALBA), em
Manágua, na quinta-feira (8)
Foto: Reuters/Jorge Cabrera
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As
manifestações que eclodiram em abril contra uma reforma da seguridade social, e
que depois evoluíram para um pedido de renúncia a Ortega pelo mal-estar causado
pela repressão, deixou, segundo grupos humanitários, 325 mortos, 750 detidos e
milhares de exilados.
Também provocou
uma contração econômica de 4% em 2018, que este ano pode chegar a 11%, advertiu
a Fundação Nicaraguense para o Desenvolvimento Econômico e Social (Funides) em
um estudo publicado este mês.
A reunião deste
sábado foi a primeira aproximação entre o governo de Ortega e os empresários
desde o ano passado, quando as partes suspenderam uma aliança de mais de uma
década.
A aliança se
rompeu depois que empresários decidiram apoiar os protestos junto com os
estudantes e as organizações da sociedade civil.
Este encontro
com o governo buscou "abrir uma porta (de diálogo) que esteve fechada por
muito tempo", explicou o presidente do Conselho Superior de Empresa
Privada (COSEP), José Aguerri, à revista Confidencial.
Por France Presse
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