Donald Trump
discursa sobre a Venezuela em Miami
Foto: Kevin Lamarque/Reuters
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Presidente
dos Estados Unidos chamou Nicolás Maduro de 'marionete de Cuba' e disse que o
venezuelano 'prefere ver o povo morrer de fome'.
O presidente
dos Estados
Unidos, Donald
Trump, pressionou os militares venezuelanos a retirarem o apoio a Nicolás Maduro e
a aceitarem Juan
Guaidó como presidente interino da Venezuela. Caso
contrário, os integrantes da Forças Armadas podem "perder tudo o que
têm", disse o norte-americano nesta segunda-feira (18).
"Se
vocês escolherem esse caminho [apoiar Maduro], não vão encontrar porto seguro,
saída fácil ou outro caminho. Vocês vão perder tudo", afirmou Trump.
Em discurso
diante de imigrantes venezuelanos e cubanos em Miami, na Flórida, o presidente
norte-americano disse que os militares que bloqueiam a ajuda humanitária
enviada à Venezuela "arriscam seus futuros e suas vidas".
"Nós
sabemos quem são, e sabemos onde eles guardam os milhares de dólares que
roubaram", disse.
Trump afirmou
esperar uma transição pacífica à democracia na Venezuela, mas voltou a dizer
que "todas as opções estão à mesa". O norte-americano também chamou
Nicolás Maduro de "marionete de Cuba", que "prefere ver seu
próprio povo morrer de fome a aceitar ajuda".
Os Estados
Unidos foram o primeiro país a reconhecer Juan Guaidó como presidente interino
da Venezuela. O líder da oposição a Maduro – que também preside a Assembleia
Nacional, o parlamento venezuelano – prestou
juramento para o cargo durante os protestos contra o regime chavista em janeiro.
O alto comando
das Forças Armadas da Venezuela, porém, manteve
o apoio a Maduro. Os militares, inclusive, foram acusados pelos
venezuelanos de bloquear
a entrada do carregamento com a ajuda humanitária na ponte na fronteira com a
Colômbia.
Trump:
'Socialismo está morrendo'
Trump usou o
exemplo da Venezuela para dizer que o "socialismo está morrendo na América
Latina". "A liberdade, a prosperidade e a democracia estão
voltando", afirmou.
"O
socialismo, por natureza, não respeita fronteiras, limites, a soberania de seus
próprios cidadãos ou dos vizinhos", discursou.
Na mesma linha
do discurso
sobre o Estado da União, Trump voltou a dizer que os Estados Unidos
"jamais serão um país socialista".
O presidente
norte-americano também mencionou o exemplo de Nicarágua e de Cuba, que, segundo ele,
são países com "potencial inacreditável" prejudicados pelos regimes
de Daniel
Ortega e Miguel Díaz-Canel,
respectivamente.
"Os
dias do socialismo estão contados não só na Venezuela, mas também na Nicarágua
e em Cuba", disse.
Caminhões chegam com ajuda humanitária perto de Tienditas, na fronteira entre Venezuela e Colômbia, neste domingo (17). Foto: Carlos Eduardo Ramirez/Reuters |
Mensagem no
Twitter
Depois do discurso,
Trump usou as redes sociais para reforçar a pressão sobre o governo chavista.
No Twitter, o presidente norte-americano disse: "Eu peço a cada membro do
regime Maduro: acabem com este pesadelo de pobreza, fome e morte. Libertem seu
povo. Libertem seu país!".
"Agora
é a hora de todos os patriotas venezuelanos agirem juntos, como um povo unido.
Nada pode ser melhor para o futuro da Venezuela!", tuitou Trump.
Por Lucas Vidigal, G1
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