RJ vota prorrogação do estado de calamidade pública e do Fundo de Combate à Pobreza | Rio das Ostras Jornal

RJ vota prorrogação do estado de calamidade pública e do Fundo de Combate à Pobreza

Mesa da presidência da Alerj
Foto: Marcos Serra Lima/G1

Ambos os projetos são do governador Luiz Fernando Pezão, preso na Operação Lava Jato há 2 semanas.
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) vota, nesta terça-feira (11), a prorrogação de duas leis em vigor no Rio: a da calamidade pública na administração financeira e a manutenção do Fundo Estadual de Combate à Pobreza.
Ambas estão em vigor somente até o fim do ano e, de acordo com a proposta para atualizá-las, iriam até 2023. O G1 apurou, no entanto, que os deputados devem aprovar uma emenda modificativa para que o prazo do estado de calamidade seja ampliado somente até 2019.
A ideia deste projeto, segundo "O Globo", partiu do governador eleito Wilson Witzel (PSC). A reportagem entrou em contato com ele para pedir um posicionamento sobre as duas propostas, mas Witzel preferiu não se manifestar.
Os dois projetos de prorrogação são de autoria do governador Luiz Fernando Pezão (MDB), preso há duas semanas na Operação Lava Jato.
Na justificativa para levar adiante o estado de calamidade pública, o governador preso suspeito de corrupção culpa a queda de ICMS e a menor arrecadação de royalties do petróeo.
A verdade é que ainda subsistem as condições que levaram à decretação do estado de calamidade pública na administração financeira
— Luiz Fernando Pezão (MDB), na justificativa ao projeto de lei
Calamidade pública
Quando foi protocolado, em 2016, às vésperas da Olimpíada, o projeto foi alvo de críticas. De "confissão de incompetência", nas palavras de oposicionistas, à suposta inconstitucionalidade, segundo especialistas, o projeto passou na Assembleia Legislativa em regime de urgência.
Anos depois, a própria Alerj usou o decreto como argumento paraaprovar as contas de Pezão. Apesar de parecer contrário do Tribunal de Contas do Estado (TCE) por não cumprir o mínimo constitucional da Saúde, os deputados se escoraram no argumento de que a calamidade financeira permitia desobedecer a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
O projeto aprovado originalmente permite:
  • descumprir limites de endividamento
  • descumprir limites de gastos com pessoal impostos pela LRF
  • prioridade de alocar recursos na Saúde, Educação, Assistência Social e Ciência e Tecnologia
  • prioridade de pagamento de servidores ativos, inativos e pensionistas
  • suspensão de concursos públicos
Fundo de Combate à Pobreza
O Fundo de Combate à Pobreza impõe uma cobrança maior de dois pontos percentuais no ICMS, que é repassado para as seguintes ações:
  • complementação de renda para quem tem menos de um salário mínimo
  • ações de saúde preventiva
  • atendimento a idosos
  • habitações populares
  • urbanização de morros e favelas
  • Bilhete Único
O repasse para bancar o Bilhete Único, que acaba indo para as empresas de ônibus, já foi alvo de críticas e teve emendas para alterá-lo. O tema deve render discussões durante a votação do projeto.
Por Gabriel Barreira, G1 Rio

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