O vereador
Marcello Siciliano (PHS-RJ)
Foto: Tomaz
Silva/Agência Brasil
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Vereador
chegou voluntariamente à Cidade da Polícia por volta das 10h50. 'Continuo
indignado com essa acusação maligna que fizeram a meu respeito', disse
Siciliano, antes de prestar esclarecimentos.
A Polícia Civil
do Rio e Ministério Público do Rio cumpriram mandado de busca e apreensão na
casa do vereador Marcello Siciliano (PHS), na Barra da Tijuca, Zona Oeste do
Rio, na manhã desta sexta-feira (14). Segundo a polícia, o mandado tem relação
com os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Por volta das
10h40, o vereador compareceu, voluntariamente, à Cidade da Polícia, na Zona
Norte, para prestar esclarecimentos.
"Continuo
indignado com essa acusação maligna que fizeram a meu respeito. Estou aqui me
colocando à disposição da Justiça para o que for preciso. Tenho certeza que no
final disso tudo vão ver que foi uma baita covardia que tentaram fazer comigo.
Quero que isso se resolva, minha família está sofrendo, tenho certeza que a
familia da Marielle nao merece isso, merece a verdade. A verdade que tem que
vir à tona", alegou o vereador.
No local, os
agentes apreenderam um tablet, um computador, HD e documentos. Eles também
arrancaram da parede um cofre, que não conseguiram abrir. A mulher do vereador,
Verônica Garrido, foi levada num táxi para prestar depoimento como testemunha.
Também houve
apreensão de computadores no gabinete do parlamentar, na Câmara de Vereadores
do Rio, no Centro. A porta do escritório precisou ser arrombada.
Todo o material
será levado para a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), que investiga
o caso.
Durante as
investigações, uma testemunha falou para a Polícia Civil e para a Polícia
Federal que o vereador Marcello Siciliano planejou a morte de Marielle, junto
com o ex-policial militar Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica.
Siciliano chegou a prestar depoimento durante as investigações, assim como outros vereadores. O parlamentar nega todas as acusações.
O G1 tentou entrar em contato com a
assessoria do vereador, mas até a publicação desta reportagem não tinha
conseguido.
Morta por
grilagem
O secretário de
Segurança Pública do Rio, Richard Nunes, afirmou, em entrevista ao jornal
"Estado de São Paulo", que a vereadora Marielle Franco foi
morta por milicianos que acreditavam que ela poderia atrapalhar negócios de
grilagem de terras na Zona Oeste do Rio.
Nesta manhã
desta sexta (14), faz nove meses que a vereadora e o motorista Anderson Gomes
foram executados no Rio. Na quinta (13), a Delegacia de Homicídios fez
uma operação
em dois estados para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão relacionados
aos crimes, ams ninguém foi preso na ação.
A operação foi
realizada para prender milicianos - alguns suspeitos de envolvimento no crime,
que ocorreu no dia 14 de março.
Os policiais
estiveram em 15 endereços, inclusive fora do estado, como em Juiz de Fora, em
Minas. No RJ, equipes estão na Zona Oeste do Rio; em Nova Iguaçu, na Baixada
Fluminense; em Petrópolis, na Região Serrana; e em Angra dos Reis, na Costa
Verde.
Por Guilherme
Santos, Alba Valéria Mendonça, Fernanda Rouvenat e Gabriella Bridi, TV Globo,
G1 Rio e GloboNews
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