Bolsonaro respondeu ao ministro em português e italiano: "Obrigado pela consideração de sempre, Senhor Ministro do Interior da Itália. |
Nesta
quinta-feira (13), o ministro Luiz Fux do Supremo Tribunal Federal determinou a
prisão do italiano Cesare Battisti para que ele possa ser extraditado para a
Itália.
O presidente
eleito Jair
Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (14) que a Itália pode
"contar" com ele no processo de extradição do italiano Cesare
Battisti.
Ele respondeu
no Twitter à mensagem do ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, que
comentou a decisão do ministro Luiz Fux do Supremo Tribunal Federal (STF) de determinar
a prisão de Battisti.
“Darei grande
valor ao presidente @jairbolsonaro se ele ajudar a Itália a ter justiça,
"presenteando" Battisti com um futuro na sua terra natal”, afirmou o
ministro no Twitter.
Bolsonaro
respondeu ao ministro em português e italiano: "Obrigado pela consideração
de sempre, Senhor Ministro do Interior da Itália. Que tudo seja normalizado
brevemente no caso deste terrorista assassino defendido pelos companheiros de
ideais brasileiros! Conte conosco!"
A troca de
mensagens ocorreu no dia seguinte à decisão do ministro Luiz Fux, que
determinou a prisão de Battisti para que ele possa ser extraditado
para a Itália.
Nesta sexta,
Polícia Civil de São Paulo fez
buscas por Cesare Battisti em Cananéia, no litoral paulista.
Prisão e
extradição
Battisti vive
em uma cidade do litoral paulista. Ele foi condenado por quatro homicídios na
Itália na década de 1970.
Em 2007, a
Itália pediu a extradição do italiano e, no fim de 2009, o STF julgou o pedido
procedente, mas deixou
a palavra final ao presidente da República.
À época, o
então presidente Lula
negou a extradição em seu último dia de mandato.
O governo
italiano não desistiu da extradição e retomou conversas com o
Brasil após o presidente Michel Temer chegar ao poder.
Fux revogou uma
liminar concedida por ele próprio, quando a defesa de Battisti a solicitou ao
STF um habeas corpus preventivo para que ele não fosse extraditado.
A nova decisão
do ministro registra que cabe ao presidente extraditar ou não o estrangeiro,
porque as decisões políticas não competem ao Judiciário.
'Voltará
para a Itália'
Bolsonaro costuma
repetir que deseja extraditar o italiano. Em 5 de novembro, durante
entrevista após a vitória na eleição presidencial, Bolsonaro afirmou que fará
"tudo o que legal" para extradir Battisti "imediatamente".
"Ele
[ex-presidente Lula] decidiu, no apagar das luzes, dar status de refugiado a um
terrorista italiano chamado Cesare Battisti. O que disse [no encontro com o
embaixador da Itália] é que tudo o que for legal da minha parte nós faremos
para devolver este terrorista para a Itália", afirmou o presidente eleito
à TV Band.
Perguntado se o
italiano deveria ser extraditado, Bolsonaro respondeu: "Voltará para a
Itália, sim, imediatamente. Volta para lá. Vai depender do Supremo Tribunal
Federal esta decisão".
Bolsonaro toma
como posse presidente da República em 1º de janeiro de 2019. Até lá, uma
eventual decisão de extraditar Battisti caberá ao atual presidente Michel
Temer. Segundo apurou o G1,
auxiliares de Temer ainda analisam aspectos jurídicos da decisão de Fux sobre o
caso.
Por Guilherme Mazui e Luiz Felipe Barbiéri,
G1 — Brasília
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