A Oceanair
(Avianca) entrou na segunda-feira, às 15h23, com um pedido de
recuperação judicial na 1ª Vara Empresarial de São Paulo, sob número
1125658.8.2018-8. Apesar de a empresa negar a medida, o Estado teve
acesso ao pedido feito pela Avianca, que solicita "que todas as ações e
execuções em curso em face das requerentes sejam suspensas" e que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mantenha
provisória e cautelarmente todas as concessões e autorizações concedidas.
No pedido, ela
reivindica também que os aeroportos utilizados pelas empresa no Brasil e no
exterior continuem permitindo o acesso a toda infraestrutura e serviços
aeroportuários necessários à prestação do serviço público de transporte aéreo.
Desde a semana
passada, a empresa vem sendo alvo de ações pedindo a retomada de aeronaves
arrendadas por falta de pagamento. Após se expandir rapidamente, a Avianca no
Brasil enfrenta dificuldades para pagar fornecedores, cumprir obrigações com
concessionárias de aeroportos e pode ter de devolver aviões.
O Estado apurou que a dívida com todos os aeroportos
brasileiros, públicos e privados, chega a quase R$ 100 milhões –
só com o de Guarulhos são R$ 25 milhões. Nos últimos dias, no entanto, a
companhia conseguiu pagar parte das dívidas.
Com pagamentos
atrasados junto a fornecedores e obrigações com concessionárias de aeroportos,
a companhia aérea está sob risco de ter de devolver 11 aviões, equivalentes a
18% de sua frota, à Constitution Aircraft.
A companhia
captou recentemente R$ 130,7 milhões com os bancos ABC, Daycoval, Safra e
Fibra, com vencimentos entre 2018 e 2021, elevando para R$ 306 milhões o
endividamento da companhia ao final do terceiro trimestre. No fim de 2017,
estava em 194 milhões.
Renée
Pereira e Cynthia Decloedt
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