Presidente ucraniano quer que Otan envie navios ao mar de Azov por causa de crise com a Rússia | Rio das Ostras Jornal

Presidente ucraniano quer que Otan envie navios ao mar de Azov por causa de crise com a Rússia

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, (frente) visita centro
 de treinamento das forças terrestres do exército ucraniano na região
 de Chernihiv, na quinta-feira (28) — Foto: Mykola Lazarenko / Serviço
de Imprensa Presidencial Ucraniano / Comunicado via REUTERS

No domingo (25), Rússia capturou três barcos ucranianos e feriu vários tripulantes no estreito de Kerch.
O presidente da Ucrânia disse ter esperança de que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) envie embarcações ao mar de Azov após o incidente de domingo (25) quando a Rússia capturou três barcos ucranianos e feriu vários tripulantes no estreito de Kerch. O Kremlin criticou a declaração.
"A Alemanha é um de nossos aliados mais próximos e esperamos que dentro da Otan tenha agora Estados dispostos a enviar navios militares ao mar de Azov para apoiar a Ucrânia e garantir a segurança", disse Poroshenko ao jornal alemão “Bild”.
"Não podemos tolerar esta política agressiva da Rússia. Primeiro foi a Crimeia, depois o leste da Ucrânia, agora quer o mar de Azov. A Alemanha também deve se perguntar qual a próximo atitude de Putin se não o frearmos", advertiu o presidente ucraniano.
Poroshenko afirmou ainda que o único idioma que o presidente Putin entende "é o da unidade do mundo ocidental". Por isso, para o chefe de estado ucraniano, "o mundo deve falar com uma só voz", ressaltando a necessidade imediata de sanções adicionais "tendo em vista a incrível agressão russa".
Reação ucraniana
Poroshenko declarou que tem tentado entrar em contato com Putin por telefone desde domingo para pedir a abertura de negociações. "Mas é igual a 2014, 2015 e 2016.
Sempre quando as tropas de Putin atacam a Ucrânia, deixa de se comunicar", criticou. O chefe de estado disse ter poucas esperanças de que a Rússia ponha fim às agressões.
Poroshenko afirmou que reagiu à apreensão das embarcações ucranianas decertando a lei marcial em algumas regiões, “porque temos que proteger nosso país”.
"É como já aconteceu em 2014: Putin quer anexar mais uma parte da Ucrânia, se comporta exatamente como na época [do império russo]", afirmou.
Mapa mostra trajeto das embarcações da Ucrânia atacadas
por navios da Rússia — Foto: Fernanda Garrafiel/G1
Na avaliação do presidente ucraniano, "Putin quer o antigo império russo outra vez". "Crimeia, Donbass, quer todo o país. Como imperador russo como se vê, seu império não pode funcionar sem a Ucrânia, nos vê como uma colônia. Já queria isso no início do conflito e continua querendo.”
Portos bloqueados
A Ucrania afirmou nesta quinta que a Rússia bloquea os portos ucranianos de Berdiansk e Marioupol, no mar de Azov. O ministro ucraniano das infraestruturas, Volodimir Omelian, afirmou que mais de 30 embarcações foram impedidas de navegar.
Apenas os navios que iam em direção aos portos russos puderam passar pelo estreito de Kerch, de acordo com relato da Rádio França Internacional (RFI).
Dezoito barcos aguardam no mar Negro a autorização para entrar no mar de Azov - quatro deveriam atingir o porto de Berdiansk e 14 o porto de Marioupol. Outros nove navios aguardam a autorização para deixar a região.
Incidente no estreito de Kerch
O incidente entre a Guarda Costeira russa e os navios ucranianos aconteceu no domingo (25) no Mar Negro, quando as embarcações tentavam entrar no estreito de Kerch para chegar ao Mar de Azov - uma rota marítima crucial para as exportações de cereais ou aço produzidos no leste da Ucrânia.
A Rússia acusou os navios ucranianos - que tentavam ir do porto de Odessa, no mar Negro, para Mariupol, no de Azov - de entrarem ilegalmente em suas águas.
A agência russa de inteligência FSB (antiga KGB) havia temporariamente fechado a área para cargueiros e colocou um navio sob a ponte rodoviária que atravessa o Estreito de Kerch (construída pela Rússia após a anexação da Crimeia).
Antes de capturar os navios, a Rússia abriu fogo contra as embarcações. Moscou diz que três ucranianos ficaram feridos, mas Kiev fala que seis se feriram. Entre eles, está um agente de contrainteligência militar da Ucrânia, segundo o serviço estatal de segurança da Ucrânia (SBU).
A Rússia classificou o incidente de "provocação" enquanto que a Ucrânia o denunciou um "ato de agressão".
Por G1

Postar no Google +

About Redação

This is a short description in the author block about the author. You edit it by entering text in the "Biographical Info" field in the user admin panel.
    Blogger Comment
    Facebook Comment

0 comentários:

Postar um comentário

Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!