Operador de Sérgio Cabral é demitido do governo do RJ um ano e nove meses após prisão | Rio das Ostras Jornal

Operador de Sérgio Cabral é demitido do governo do RJ um ano e nove meses após prisão

Ary Ferreira da Costa Filho era agente fazendário, ligado
 à Secretaria de Fazenda do Estado — Foto: Reprodução/TV Globo

Ary Filho é réu em cinco processos da Lava Jato na Justiça Federal. Desde que foi preso, o agente fazendário custou R$ 220 mil aos cofres públicos. Atualmente responde a processos em liberdade.
Quase dois anos após sua prisão na Operação Mascate, em fevereiro do ano passado, Ary Ferreira da Costa Filho foi demitido da Secretaria de Fazenda. A baixa consta no Diário Oficial de segunda-feira (26).
Ary Filho é apontado como um dos operadores financeiros da organização criminosa liderada pelo ex-governador Sérgio Cabral (MDB) e revelada pela Lava Jato.
Desde a década de 90, ele é auxiliar do ex-governador no Legislativo e se tornou seu assessor especial. Até dezembro de 2016, pouco depois da deflagração da Operação Calicute, a primeira da Lava Jato no Rio, ele se manteve no cargo na gestão de Luiz Fernando Pezão (MDB).
Até segunda, Ary ocupava o cargo de agente fazendário e tinha remuneração mensal de R$ 10.365,89. Desde outubro do ano passado, foi afastado do serviço e impedido de acessar os sistemas informatizados da pasta. Ainda assim, recebia seus salários.
Com a determinação da corregedoria, Ary recebeu, desde a prisão, um total de R$ 228.049,58, em salários — incluindo o décimo terceiro do ano passado.
Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Ary lavou R$ 10 milhões em propina do esquema de Cabral apenas com concessionárias de veículos. Delatores afirmam ainda que foram desviados R$ 3,8 milhões da Fazenda, de onde era funcionário afastado até a semana passada.
De acordo com publicação no Diário Oficial, a demissão foi "a bem do serviço público" — quando é por motivo grave.
O processo de demissão cita quebra de decoro, má conduta, uso do cargo para proveito pessoal, quebra de normas legais e desrespeito às instituições.
A Secretaria Estadual de Fazenda afirmou, em nota, que Ary foi afastado na mesma data em que foi aberto o processo administrativo (2 de fevereiro de 2017).
"Sobre a possível demora, na realidade, faz parte do rito administrativo", prossegue o texto. "Como ele era servidor público estatutário, a Secretaria teve que cumprir todos os ritos administrativos e legais que antecedem a demissão e são exigidos em uma Administração Pública", emenda.
Defesa diz que Erário foi ressarcido
De acordo com o advogado dele, Alessandro Carracena, os salários deixarão de ser pagos imediatamente a partir da publicação em Diário Oficial. Neste caso, a partir de dezembro.
Ainda assim, o defensor antecipa que pode entrar com um recurso para obter efeito suspensivo. Ele diz também que o cliente foi condenado a ressarcir o Erário.
"O Estado não pode simplesmente receber uma informação, ainda que seja de um processo judicial, e levar a cabo sem ofertar ao servidor a possibilidade de defesa", observa Carracena.
Ary é réu em cinco processos da força-tarefa da na Justiça Federal, mas foi solto pelo juiz Marcelo Bretas em outubro do ano passado, justamente no dia em que havia sido denunciado pela terceira vez. Ele responde em liberdade e já foi condenado a mais de 14 anos.
O aliado do ex-governador foi apontado como o verdadeiro dono de imóveis de luxo de frente para o mar, que foram leiloados, e de um Camaro — veículo esportivo de luxo, apreendido no dia de sua prisão.
Por Gabriel Barreira, G1 Rio

Postar no Google +

About Redação

This is a short description in the author block about the author. You edit it by entering text in the "Biographical Info" field in the user admin panel.
    Blogger Comment
    Facebook Comment

0 comentários:

Postar um comentário

Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!