© Marcos
Brindicci Foto do submarino ARA San Juan é vista no
estacionamento
da base naval em Mar Del Plata, Argentina
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“Eu diria que
não, que não temos os meios. Não tínhamos nem os meios para encontrá-lo. Também
não temos ROV (veículos de inspeção remota) para descer nessa profundidade. Nem
temos equipamento para extrair uma embarcação com essas características”,
afirmou o ministro em entrevista coletiva concedida em Bunos Aires.
O comandante da
Marinha da Argentina, José Luis Villán, ressaltou que há outros problemas para
retirar o submarino do mar, como exigem os familiares dos 44 tripulantes que
estavam a bordo.
Primeiro,
segundo ele, há uma impedimento legal, já que seria necessária uma autorização
da juíza que investiga o caso. Além disso, questões de ordem técnica precisam
ser resolvidas para que a operação seja realizada com sucesso.
Villán também
confirmou que o submarino se partiu em várias partes, que estão espalhadas em
uma área de 800 metros quadrados.
“A localização
exata é muito próxima do lugar da anomalia hidroacústica (consistente com uma
explosão, detectada por agências internacionais em 2017). É a área onde
tínhamos considerado que havia 90% de chance de ele estar nela. Todas as
equipes buscaram nessa área”, explicou Villán durante a entrevista coletiva.
O comandante da
Marinha informou que o submarino foi localizado a 907 metros de profundidade
pela companhia americana Ocean Infitiny, contratada pelo governo argentino para
realizar as buscas, a cerca de 600 quilômetros do litoral da argentina.
“Isso sugere,
ainda sem termos certeza, que pode ter havido uma implosão, que o submarino
colapsou muito perto do fundo. Os escombros estão muito próximos dentro da
área”, explicou o capitão Enrique Balbi, que também participou da entrevista
coletiva.
O casco
resistente, a parte habitável do submarino, com cerca de 30 metros de tamanho,
foi a primeira a ser localizada. Há outras três partes da embarcação, de
menores direções, com formas que coincidem com a proa, a popa e a vela.
“Todo o casco
resistente não está partido. É uma única peça, que foi deformada e entrou para
o interior (do submarino), resultado da pressão externa da coluna
hidroestática”, disse Balbi.
EFE
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