© Tiago
Queiroz / Estadão Entrevista coletiva do candidato pelo
Partido dos Trabalhadores (PT), Fernando
Haddad, no Hotel
Matsubara, no bairro do Paraíso.
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BRASÍLIA - O ministro Luís Felipe Salomão, do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), decidiu negar dois pedidos da coligação de Fernando
Haddad (PT) para suspender inserções televisivas do
candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro. As peças
publicitárias afirmam que o petista quer "desarmar a população" e o
associam ao ex-ministro José
Dirceu e ao presidente da Venezuela, Nicolás
Maduro.
As inserções
televisivas foram veiculadas na última sexta-feira (12). Para a coligação de
Haddad, a propaganda de Bolsonaro procura atingir sua honra e marcar de forma
negativa o projeto de governo e a trajetória do PT.
"O Haddad
tem cara de bom moço, mas você parou para pensar o que o Haddad está carregando
com ele?", indaga a propaganda de Bolsonaro, que associa o petista às
imagens de Dirceu e Maduro.
Na segunda peça
contestada pela coligação de Haddad, a campanha de Bolsonaro diz que
"Haddad quer desarmar a população", enquanto Bolsonaro "acredita
que o cidadão deve ter o direito a legítima defesa". A inserção também
afirma: "A esquerda defende a legalização da maconha e do aborto. Bolsonaro
é radicalmente contra as drogas e para ele o direito a vida é sagrado".
Para o ministro
Luís Felipe Salomão, as duas propagandas de Bolsonaro veiculam conteúdo
inerente "ao debate político-eleitoral e condiz com o horário gratuito,
alcançado, portanto, pelo exercício legítimo da liberdade de expressão e
opinião".
"É certo
que, no ambiente democrático, as diferenças aparecem por ocasião da campanha
eleitoral, e mesmo que a propaganda transmita mensagens provocantes ou
desagradáveis ao adversário, é forçoso reconhecer que faz parte do discurso
político", concluiu o ministro, em decisões assinadas no domingo (14).
Rafael
Moraes Moura
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