Jair
Bolsonaro e Fernando Haddad — Foto: Fernando
Frazão/Agência
Brasil e Andre Penner/AP
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No documento, a
coligação liderada pelo PT afirma que, apesar das tentativas do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) de tirar várias publicações do ar, as mentiras já se
tornaram sistêmicas e dão a sensação de que, tanto a coligação como o Poder
Judiciário, estão "enxugando gelo".
Segundo o
pedido de investigação, a sistematização dos conteúdos falsos mostra o possível
envolvimento da campanha de Bolsonaro e Mourão na disseminação das notícias.
"Ora, não
é crível atribuir apenas à militância orgânica dos noticiados a capacidade de
produzir e disseminar com tamanha eficácia todas as notícias falsas editadas em
detrimento da coligação noticiante", afirma a chapa de Haddad.
Além de indicar
a possível participação dos candidatos nos conteúdos falsos, o PT pede que a PF
investigue a suposta participação de agentes estrangeiros na campanha do PSL
sem a devida declaração dos valores financeiros recebidos.
A coligação
cita como exemplo a reunião entre Eduardo Bolsonaro, filho do candidato a
presidente pelo PSL, e Steve Bannon, um dos responsáveis pela campanha de
Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos.
Outro ponto
questionado pelo documento é a utilização indevida de uma rede coordenada de
perfis e páginas voltados para divulgação da candidatura de Bolsonaro.
"Há uma
empresa organizada capaz de gerenciar 144 páginas de internet, ocasionando mais
de 20 milhões de interações em apenas um mês destinada a defender uma
determinada candidatura e que não consta na prestação de contas das
candidaturas de Bolsonaro e Mourão", argumenta o pedido à PF.
O último
questionamento feito é sobre o suposto uso irregular da rede social WhatsApp
pela campanha de Bolsonaro para propagar boatos. Segundo a candidatura de
Haddad, uma "campanha de desinformação" está acontecendo diariamente
por meio do aplicativo.
"Salta aos
olhos a postura completamente distinta da candidatura de Bolsonaro que, ao
invés de buscar qualquer espécie de impedimento da disseminação destas mentiras
e boatos, principalmente junto ao WhatsApp, vai a público reclamar dos limites
impostos pelo mencionado aplicativo de mensagens instantâneas que visam impedir
a divulgação astronômica de desinformação", afirma.
O pedido de
investigação foi protocolado por Emídio de Souza, um dos coordenadores da
campanha de Haddad, e é endereçado ao delegado Rogério Galloro, diretor-geral
da Polícia Federal.
Por Matheus Leitão
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