Lojas
fechadas - Brasil registrou saldo negativo de empresas formais
por três
anos seguidos — Foto: Fernando Moraes/InterTv
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Pesquisa
mostra que, em 2016, 648,5 mil empresas foram abertas, enquanto 719,6 mil foram
fechadas no país. Fechamento provocou recuo de 3,8% no pessoal ocupado e de
1,6% no pessoal assalariado.
Por três anos
seguidos o Brasil registrou saldo negativo de empresas formais – mais empresas
foram fechadas que abertas no país. É o que aponta um levantamento divulgado
nesta quarta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
De acordo com a
pesquisa, em 2016 deram entrada no mercado 648.474 empresas – o número mais
baixo desde o início da série histórica do levantamento, iniciado em 2008 –
enquanto 719.551 registraram saída.
Veja histórico de entradas e saídas de empresas no país
Saldo foi negativo por três anos seguidos, de 2014 a 2016.
Fonte: IBGE
Desde 2014 o
número de fechamentos tem superado o de aberturas. O saldo negativo de 2016 foi
mais intenso que no ano anterior, mas menos intenso que em 2014, ano em que o
país registrou recorde na saída de empresas.
Segundo o IBGE,
em 2016 o segmento de eletricidade e gás foi o que registrou a maior taxa de
saída de empresas do mercado (26,3%), seguido pelo de construção (21,1%),
informação e comunicação (19,6%) e outras atividades de serviços (19,3%).
Já a entrada de
empresas teve maiores taxas observadas nos segmentos de atividades financeiras,
seguros e serviços relacionados (20,2%), atividades imobiliárias (19,5%) e
atividades profissionais, científicas e técnicas (19,4%).
O IBGE destacou
que, considerando o período de 2008 a 2016, "todas as seções de atividades
apresentaram decréscimos" quanto a taxa de entrada no mercado, sendo as
maiores quedas registradas nos segmentos de eletricidade e gás (-12 pontos
percentuais), artes, cultura, esporte e recreção (-11,8 p.p.), outras atividades
de serviços (-10,5 p.p.) e construção (-10,2 p.p.).
Saldo absoluto da abertura X fechamento de empresas
Em 2012 foi o registrado o saldo mais positivo, e em 2014 o mais negativo
Fonte: IBGE
O levantamento
foi feito pelo IBGE com base no Cadastro Central de Empresas (CEMPRE). Em 2016,
essa base de dados tinha cerca de 4,5 milhões de empresas ativas que ocupavam,
aproximadamente, 38,5 milhões de pessoas. Do total de pessoas ocupadas, 32
milhões (83,1%) eram assalariadas e 6,5 milhões (16,9%) estavam na condição de
sócio ou proprietário.
O IBGE destacou
que, na comparação com 2015, houve queda de 4,2% no total de pessoal ocupado
(1,7 milhão) e de 4,8% no pessoal ocupado assalariado (1,6 milhão).
O salário médio
mensal em 2016 foi de R$ 2.328, o equivalente a 2,6 salários mínimos, que à
época era de R$ 880 - média mensal inferior a de 2015, quando havia sido de 2,8
salários mínimos.
Sobrevivência
no mercado
O levantamento
apontou que das 4,5 milhões de empresas ativas em 2016, 3,8 milhões (85,5%)
eram sobreviventes, ou seja, já tinham mais de um ano de existência.
Dentre as 648,5
mil que deram entrada naquele ano (14,5% do total de empresas ativas), 463,7
mil (71,5%) haviam acabado de ser criadas, enquanto 184,7 mil (28,5%) foram
reativadas.
A idade média
das empresas sobreviventes em 2016 era de 11,2 anos. Todavia, o estudo mostrou
que dentre as empresas sobreviventes naquele ano, apenas 38% tinham 5 anos de existência.
Ao analisar as
empresas que nasceram cinco anos antes do levantamento, ou seja, as 660,9 mil
que deram entrada em 2011, o IBGE constatou que:
- 75,2% sobreviveram até 2012
- 64,5% sobreviveram até 2013
- 52,5% sobreviveram até 2014
- 45,4% sobreviveram até 2015
- 38% sobreviveram até 2016
Sobrevivência das empresas em 5 anos
Levantamento mostrou que apenas 38% das empresas criadas em 2011 sobreviveram até 2016.
2013 - sobreviventes após 2 anos
Anos 426,2
Anos 426,2
Fonte: IBGE
Ou seja, o
levantamento mostrou que uma em cada quatro empresas criadas em 2011 não
sobreviveram após o primeiro ano.
O IBGE
ressaltou que as mais altas taxas de sobrevivência, em todo o período de 2012 a
2016, foram de empresas ligadas às atividades de saúde humana e serviços
sociais e atividades imobiliárias. Já a taxa de sobrevivência mais baixa foi
das empresas ligadas ao comércio e à reparação de veículos automotores e
motocicletas.
Por Daniel Silveira, G1 — Rio de
Janeiro
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