Polícia Federal investigará ameaça enviada por e-mail a Rosa Weber, diz Raul Jungmann | Rio das Ostras Jornal

Polícia Federal investigará ameaça enviada por e-mail a Rosa Weber, diz Raul Jungmann


Autor da ameaça questionou a atuação do TSE e a credibilidade das urnas. Para OAB, ameaças são graves e preocupantes e precisam ser investigadas com prioridade.
Polícia Federal investigará uma ameaça enviada por e-mail à presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, informou nesta terça-feira (16) o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann.
O autor da ameaça questionou a atuação do TSE e a credibilidade das urnas. O caso será conduzido pela Diretoria de Inteligência da Polícia Federal.
"Obviamente, representa um delito, representa um crime, e tem de ser identificado quem o fez para ser legalmente punido", declarou Jungmann.
Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) afirmou que ameaças são graves e preocupantes. Disse também que a apuração do caso deve ser prioritária e os responsáveis, punidos de forma exemplar.
Mesários
Mais cedo, nesta terça-feira (16), o TSE e o governo anunciaram que mesários poderão fazer denúncias sobre problemas nas urnas e crimes eleitorais por um aplicativo de celular.
São os mesários que vão registrar qualquer defeito ou mau funcionamento nas urnas eletrônicas relatados pelo eleitor. O mesário vai acessar o aplicativo Pardal, da Justiça Eleitoral, o mesmo já usado por qualquer cidadão para denunciar infrações eleitorais como propaganda irregular e compra de votos.
A opção para o mesário está sendo desenvolvida. O mesário ou o presidente da mesa vai selecionar a opção "nova denúncia" e relatar a queixa do eleitor sobre a urna, podendo inserir foto. As informações seguirão para a Justiça Eleitoral imediatamente.
"A ideia é que você faça uma transmissão muito rápida, bastante simplificada da ocorrência, para que qualquer eleitor tenha a sua denúncia apurada", afirmou nesta terça-feira o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann.
Conselho sobre internet
Em outra frente para proteger o ambiente eleitoral, o Conselho Consultivo sobre Internet e Eleições se reuniu nesta terça-feira na sede do TSE.
Representantes do Ministério Público e especialistas em tecnologia buscam combater as mensagens falsas e a velocidade com que elas circulam entre os eleitores.
Desta vez, conversaram com representantes do WhatsApp, que ofereceu ferramentes novas para tentar combater conteúdos faslsos e que serão analisadas pelo TSE. Mas, enquanto a discussão técnica avança, para o TSE o mais importante é o eleitor confiar na urna e desconfiar de mensagens antes de espalhar.
"O ideal é que as pessoas busquem informação no espaço certo, no lugar certo e serenem seu coração. As urnas são muito confiáveis", afirmou Humberto Medeiros, vice-procurador-geral eleitoral.
"Para as redes sociais, a metodologia consiste em alfabetização midiática, ensinar as pessoas a serem críticas ao que recebem, o segundo ponto é fact checking, ou seja, as notícias mentirosas serem rapidamente respondidas pelas agências de checagem e o terceiro é o direito de resposta. Aquele que é ofendido poder propagar no mesmo espaço, com a mesma velocidade, uma contra informação do que foi dito", acrescentou.
Por Jornal Nacional

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