Ponte que
liga San Antonio del Táchira, na Venezuela, a
Villa Del Rosario, do lado colombiano, se
tornou símbolo
do êxodo de
venezuelanos — Foto: Carlos Eduardo Ramirez/Reuters
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Venezuelanos
foram para outros países da América do Sul como Brasil, Colômbia, Equador e
Peru.
Uma estimativa
da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgada nesta segunda-feira (1º)
aponta que pelo menos 1,9 milhão de pessoas deixaram a Venezuela desde
2015, fugindo da crise econômica e política que o país atravessa.
"Segundo
os dados oficiais do governo, estimamos que 1,9 milhão de venezuelanos deixaram
seu país desde 2015 para se dirigir, principalmente, para outros países da
América do Sul como Brasil, Colômbia, Equador e Peru", afirmou William
Spindler, porta-voz do executivo do Alto Comissariado das Nações Unidas para os
Refugiados (Acnur).
"Cerca
de 5 mil pessoas deixam a Venezuela por dia hoje. É o maior movimento de
população na história recente da América Latina", afirmou o alto
comissário da ONU para os refugiados, Filippo Grandi, durante a abertura da
reunião anual do comitê executivo do Acnur que acontece esta semana, em
Genebra.
"Com mais
de 2,6 milhões de pessoas no exterior do país atualmente, é crucial uma
perspectiva apolítica e humanitária para ajudar os países que os recebem em um
número que vai crescendo", declarou Filippo Grandi.
A população
venezuelana está asfixiada por uma crise econômica caracterizada pela
hiperinflação, pobreza, falta de serviços públicos e escassez de artigos de
primeira necessidade, especialmente remédios e alimentos. Isso provocou um
êxodo em massa de centenas de milhares de venezuelanos.
"Felicito
os Estados que mantiveram suas fronteiras abertas e que oferecem asilo, ou
outras formas de estância legal" para os venezuelanos, disse Grandi.
"Ainda
resta muito por fazer para garantir a coerência regional da resposta dada em
matéria de proteção" dos indivíduos, advertiu o alto comissário.
O Acnur e a
Organização Internacional para as Migrações anunciaram, em 19 de setembro, a
nomeação do ex-vice-presidente da Guatemala Eduardo
Stein como representante especial para a crise migratória venezuelana.
Por France Presse
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