MPF pede ao TCU bloqueio de R$ 6 bilhões em bens de envolvidos no quadrilhão do MDB | Rio das Ostras Jornal

MPF pede ao TCU bloqueio de R$ 6 bilhões em bens de envolvidos no quadrilhão do MDB

Raquel Dodge encaminhou ofício ao presidente do TCU com pedido
 de bloqueio de bens dos investigados pela Operação Greenfield
Foto: José Cruz/Agência Brasil

Segundo a assessoria do MP, procuradores que integram Operação Greenfield também querem bloqueio de dinheiro e patrimônio do MDB. Força-tarefa investiga fraudes em fundos de pensão.
O Ministério Público Federal (MPF) solicitou ao Tribunal de Contas da União (TCU), por meio de ofício, o bloqueio de R$ 6 bilhões em bens de investigados pela Operação Greenfield no chamado "quadrilhão do MDB", informou a assessoria do Ministério Público Federal (MPF). Os procuradores da República também querem que a corte de fiscalização bloqueie, além dos bens de pessoas físicas, dinheiro e patrimônio do próprio MDB.
G1 procurou a assessoria do diretório nacional do MDB, mas até a última atualização não havia obtido resposta.
Deflagrada em setembro de 2016, a Operação Greenfield apura irregularidades nos quatro maiores fundos de pensão do país: Funcef (Caixa), Petros (Petrobras), Previ (Banco do Brasil) e Postalis (Correios). Balanços apontam um rombo de R$ 50 bilhões, sendo R$ 8 bilhões suspeitos de gestão fraudulenta. A força-tarefa da Greenfield reúne investigações do MPF nas operações Séspis, Cui Bono, Patmos, além da Lava Jato.
O ofício dos procuradores da República foi encaminhado diretamente ao presidente do TCU, ministro Raimundo Carreiro, pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge. No documento, o MPF também pede ao tribunal a instauração de processo de fiscalização para apuração dos ilícitos praticados na Caixa e em outros órgãos públicos e fundos de pensão revelados pelas operações Sépsis, Cui Bono e Patmos.
No pedido de bloqueio dos bens dos investigados, a força-tarefa argumentou que a medida é necessária em razão dos "graves ilícitos cometidos que resultaram em recebimento de propinas milionárias".
Segundo o MPF, há "demonstração cabal" de direcionamento de parte dos recursos a campanhas políticas entre 2010 e 2014, inclusive, de integrantes "de renome nacional" do MDB.
"O dano ao patrimônio público é, de no mínimo, os valores distribuídos em razão da corrupção praticada, visto que são valores despejados e embutidos no preço de contratos, no custo de oportunidade na alocação de recursos públicos (em investimentos e financiamentos, por exemplo), sem contar no dano e desgaste às imagens das instituições públicas, em especial na administração pública indireta, como ocorreu com a Caixa Econômica Federal”, diz trecho do ofício enviado pela procuradora-geral ao TCU.
Por G1 — Brasília

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