© Nilton
Fukuda/Estadão O candidato do PT, Fernando
Haddad,
durante ato em São Paulo no Tuca, na PUC
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O candidato
do PT à
Presidência, Fernando Haddad, sinalizou na noite desta
segunda-feira, 22, que espera uma manifestação de voto mais efetiva de Ciro Gomes (PDT), queviajou para a Europa após a realização do primeiro turno.
Ciro terminou o primeiro turno em terceiro lugar, com 13,3 milhões de votos (12,4%
dos votos válidos). O PDT já declarou apoio crítico ao petista.
"Espero que
o Ciro dê um alô de onde estiver, aguardo ansiosamente", afirmou o
petista, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.
Na semana passada, o irmão de Ciro, Cid Gomes, fez duras críticas ao PT, mas, depois, gravou um vídeo em apoio a Haddad.
Haddad lembrou
que buscou uma aproximação com Ciro no primeiro semestre e que
era um dos petistas que cogitavam uma chapa do pedetista com o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Nesta
segunda-feira, Marina Silva, que disputou a Presidência pela
Rede, declarou voto crítico a Haddad no segundo turno.
Na entrevista,
Haddad disse também que "projetos pessoais jamais deveriam se impor a
interesses nacionais", colocando-se mais uma vez como a "única
opção" da democracia.
Haddad diz que
Bolsonaro não tem apreço pela democracia
Haddad também
afirmou que o concorrente dele, Jair
Bolsonaro (PSL), não tem "apreço pela democracia". O
petista afirmou ainda que espera que a ameaça de compras de pacotes de fake
news contra ele tenha sido contida. Ele negou, no enanto, ainda que esteja se
preparando para um "terceiro turno" na Justiça Eleitoral, ao pedir
ao Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) investigações sobre o caso de fake news.
Petista afirma
que não tem nenhuma estatal para privatizar
Sobre
economia, Haddad afirmou que, caso seja eleito, não vai
privatizar nenhuma estatal. "Não tem nenhuma estatal no meu radar para ser
vendida", afirmou o candidato. O candidato negou, porém, que seja
estatista. "Sou a favor de fundir empresas, fazer o enxugamento de
algumas", disse, ao se referir especificamente ao caso da Empresa de
Planejamento e Logística (EPL), a "estatal do trem bala".
Na entrevista,
Haddad defendeu ainda equilibrar os subsídios do gás de cozinha, que ele
propõe, e os do diesel. O petista citou ainda dois erros de ex-presidentes do
País. De Fernando
Henrique Cardoso, falou que foi a questão do câmbio. Já de Dilma
Rousseff, de ter tentado controlar preços públicos.
Haddad também
disse que o Banco Central terá a função de coordenar a reforma bancária que ele
pretende implementar. Para o petista, a reforma bancária é fundamental para o
País. "O empresário não aguenta mais pagar juros para o banqueiro",
disse. A reforma viria, segundo ele, a partir da desregulamentação e da
abertura do mercado para fintechs e cooperativas de crédito.
Na semana
passada, Haddad voltou atrás no plano referente à instituição e passou a
defender a autonomia do BC e o controle inflacionário.
Mateus
Fagundes
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