Ação foi
motivada por reportagem segundo a qual empresas apoiadoras de Bolsonaro
compraram pacotes de disparo de mensagens contra o PT por meio do WhatsApp.
Os advogados do
candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) apresentaram nesta quarta-feira
(24) resposta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na ação do PT que pede sua
inelegibilidade.
A defesa de
Bolsonaro afirma que a ação não traz "prova qualquer" e busca
"criar fato político inverídico e a partir daí produzir celeuma midiática".
Ao final, pedem que a ação seja extinta.
O PT entrou
com ação
no TSE contra Bolsonaro por abuso de poder econômico e uso
indevido dos meios de comunicação. O partido pede que, se eleito, ele seja
cassado e, em qualquer situação, fique inelegível por oito anos.
O pedido
foi apresentado em razão de reportagem do jornal "Folha de
S.Paulo" que relata casos de empresas apoiadoras de Bolsonaro que
supostamente compraram pacotes de disparo de mensagens contra o PT por meio do
WhatsApp.
Para a defesa
de Bolsonaro, a coligação de Haddad está “inconformada” com a campanha
“crescente e auspiciosa” de Bolsonaro e tenta, com a ação "desestabilizar”
o adversário, “apontado como preferido nas pesquisas eleitorais”.
“A denúncia foi
construída especialmente para desconstruir a imagem do candidato Jair Messias
Bolsonaro e instalar o caos no processo eleitoral 2018”, diz a peça.
Outro objetivo,
segundo a defesa do candidato, seria “preparar previamente arma política para
cassar o candidato Jair Messias Bolsonaro, caso ele venha a vencer o segundo
turno das eleições”.
Além de apontar
falta de provas na ação, os advogados de Bolsonaro questionam o fato de a
coligação de Haddad também não ter pedido investigação sobre a origem das
mensagens em massa, supostamente bancadas por empresários, contra o PT.
Os advogados
sustentam que Bolsonaro não precisaria obter financiamento de mensagens, por
construir rede de apoio na internet de forma “independente e espontânea”,
captando mais de 7,8 milhões de seguidores no Facebook, 5,2 milhões de
seguidores no Instagram e 1,8 milhões no Twitter.
“Os candidatos
réus não podem ser atacados desta maneira, sem provas, acusados de
irregularidades que não praticaram, especialmente por ter esta ação embasamento
puramente calcado na ‘fake news’ inventada pela autora”, diz a defesa.
Na sexta, o
ministro Jorge Mussi, corregedor do TSE, deu prosseguimento à ação e determinou
que Bolsonaro apresentasse resposta.
O ministro
rejeitou todos os pedidos de investigação e quebra de sigilo feitos pelo PT,
afirmando que a concessão de liminares antes de ouvir a outra parte deve ser
feita com cautela.
O ministro
disse ainda que o pedido do PT é baseado apenas em matérias jornalísticas e que
a questão será analisada "em momento próprio", durante o curso da
ação.
Após a resposta
de Bolsonaro, o corregedor vai analisar a necessidade de novas provas e a ação
ainda terá que ser julgada pelo TSE, em data ainda não estimada.
Por Renan Ramalho e Rosanne D'Agostino,
G1 — Brasília
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