Museu Imperial, em Petrópolis cumpre etapas para conseguir verba e contratar brigadistas | Rio das Ostras Jornal

Museu Imperial, em Petrópolis cumpre etapas para conseguir verba e contratar brigadistas


Plano nacional de gestão de risco começou a ser feito em 2013. Incêndio no Museu Nacional acende alerta sobre prevenção contra incêndios.
O fogo foi controlado, mas o incêndio no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, acende o alerta para a segurança dos acervos históricos guardados pelo Brasil. Em Petrópolis, na Região Serrana, o de maior importância é o do Museu Imperial, que aguarda verba para a contratação de brigadistas.
De acordo com informações disponibilizadas no portal da instituição, o Museu Imperial reúne cerca de 200 mil documentos originais do século XIX e registros históricos que vão desde o século XIII até o início do XX. As obras contam a história do primeiro e do segundo reinados do Brasil Império. Quem visita o local também conhece um pouco mais sobre Brasil Reino, Rio da Prata e América Espanhola, além da fase inicial da República.
O que protege esse "tesouro" de ocorrências como a que destruiu cerca de 20 milhões de itens no Museu Nacional, são 13 hidrantes, 115 extintores portáteis, alarmes de incêndio e portas corta-fogo (impede a passagem das chamas e de fumaça para outros compartimentos), entre outras medidas de segurança.
Acervo do Museu Imperial tem peças pessoais de D. Pedro II
(Foto: Divulgação/Museu Imperial)
O espaço, que foi a casa de veraneio do Imperador D. Pedro II, não possui uma equipe de brigadistas. Segundo o chefe da segurança externa do museu, Wilson de Oliveira, a instituição está na primeira fase do processo que levará à última etapa de garantia da segurança do acervo. Em 2013, um plano nacional de gestão de risco foi feito para a prevenção de incêndios.
"Os valores ainda não foram liberados para essa contratação [da equipe de brigadistas]. O processo já está encaminhado, mas ainda não chegaram os recursos", declarou Wilson de Oliveira. O pedido foi feito pelo Museu Imperial este ano ao Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), que é o responsável por contactar o Ministério de Planejamento.
"Em julho, nós entregamos a primeira fase, que seria o levantamento da situação do museu atualmente", explicou a museóloga Aline Maller.
O valor da verba é padrão e calculado conforme as dimensões físicas de cada patrimônio. Ainda não há informações sobre qual será o valor disponibilizado para a instituição em Petrópolis, que possui 8 mil m² de área construída e recebe uma média de 350 mil visitantes por ano. A museóloga acrescenta que a área de exposição é diferente da área de guarda.
Museu recebe média de 350 mil visitantes por ano
(Foto: Divulgação/ Museu Imperial )
"No momento de uma perda séria, a gente tem esses acervos armazenados em áreas diferentes, não perdemos tudo de uma vez só", esclarece Aline Maller.
O coordenador técnico do Museu Imperial, Fernando Barbosa, garante que a instituição está atenta a questão preventiva, como "os cuidados com a parte elétrica, revisões de cabeamentos, quadros elétricos, possíveis falhas, a questão de iluminação e manutenção dos lustres".
A equipe de produção da Inter TV entrou em contato com o Ibram para saber como está o andamento do pedido relacionado ao plano de gestão para o Museu Imperial e se há prazo para a liberação da verba. O instituto ainda não deu um posicionamento e o G1 também aguarda a resposta.
Por Inter TV, Região Serrana

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