Polícia
Civil e MP fazem operação para prender
políticos de Mangaratiba, Rio de Janeiro
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De janeiro
de 2010 a agosto de 2017, a Câmara de Vereadores de Mangaratiba gastou com
viagens e cursos para servidores e vereadores mais de R$ 17 milhões.
O prefeito
interino de Mangaratiba, Vitor Tenório Santos, o Vitinho do PDT, e os
ex-presidentes da Câmara de Vereadores Edison Ramos e Pedro Bertino Jorge Vaz
são alvos de uma operação que visa cumprir mandados de prisão contra os três
políticos, que já são considerados foragidos.
Segundo as
investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), de janeiro de
2010 a agosto de 2017, a Câmara de Vereadores de Mangaratiba gastou mais de R$
17 milhões com viagens e cursos.A Câmara do município possui 13 vereadores.
Os agentes
chegaram ao prédio onde vive Vitor Tenório Santos, Vitinho do PDT, na Barra da
Tijuca, na Zona Oeste, no começo da manhã. Os policiais ainda estiveram em
outro endereço na Zona Oeste e também em Mangaratiba, onde fizeram buscas na prefeitura
e na Câmara de Vereadores.
Nas residências
de todos os envolvidos, os policiais apreenderam documentos, além de duas armas
na residência de Edison.
Vitinho do PDT
assumiu interinamente a Prefeitura de Mangaratiba há dois meses no lugar de
Aarão de Moura Brito Neto e do vice, que tiveram os diplomas cassados pela
justiça.
Cursos em
cidades turísticas
Durante o
período que o esquema de viagens esteve em vigor, os envolvidos autorizaram
6.691 diárias para eles mesmos. Alguns detalhes chamaram a atenção dos
investigadores: muitos cursos eram no Nordeste do país, no fim de semana e em
cidades com vocação turística, como Maceió, Recife, Salvador e Porto Seguro.
Por fim, o
MP-RJ considerou que os cursos não tinham nenhuma relação com o interesse
público, servindo apenas para mascarar um esquema que oferecia a eles um
acréscimo de salário, além de vantagens econômicas a empresários beneficiados
pelo esquema.
Para o ano de
2018, o então Presidente da Câmara e atual Prefeito interino, Vitor Tenório, já
havia autorizado o empenho de R$ 1 milhão para gastos com viagens de Vereadores
e servidores. A informação é de um levantamento do Tribunal de Contas do Estado
do Rio de Janeiro (TCE-RJ).
Em um dos
casos, um curso custou aos cofres públicos mais de R$ 625 mil. Em comparação,
de acordo com o MP-RJ, um mestrado em administração pública na Fundação Getúlio
Vargas custa menos de R$ 60 mil.
As contratações
das organizadoras dos eventos foram feitas sem licitação e eram em favor sempre
das mesmas empresas. As hospedagens incluíam estadia em resorts de luxo e
pagamentos de despesas extras, quitadas com dinheiro público.
Os envolvidos
vão responder por associação criminosa, desvio de dinheiro público e dispensa
indevida de licitação. Todos os envolvidos estão suspensos de suas funções
públicas.
Por TV Globo
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